Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

sexta-feira, março 31, 2006

Algum colorido

Como hoje o tempo está um bocado cinzento, resolvi pôr aqui um bocadinho de côr, que encontrei cá por casa, para ver se conseguia animar o pessoal. Assim tipo aquela história da terapia das cores ou algo que o valha. Não há sol, mas pelo menos há côr!






<- Sala






Escritório ->






<- Quarto







Que tal o Arco-Íris? E já repararam no fenómeno? É que apareceu mesmo sem chuva! Espero que tenha servido para alegrar um pouco o vosso dia. E sim, eu sei que os nossos cortinados da sala fazem lembrar, vá se lá saber porquê, a série Coupling.

P.S.- Este post é dedicado a um colega meu. Só espero que ele agora não vá ser obrigado, pela mulher, a pintar paredes!

quinta-feira, março 30, 2006

O vazio

A minha profissão tem características que, por vezes, me obrigam a passar por situações violentas, sem que eu tenha qualquer controlo sobre tal facto. Fica sempre um sentimento de impotência e frustração por nada se poder fazer. E num dia como hoje, em que apesar de tudo, o que aconteceu, acabou por não ter consequências de maior, só me apetece perguntar:

"O que leva alguém a querer acabar com a própria vida?"

quarta-feira, março 29, 2006

Um pequeno prazer

Já há algum tempo que não lia um livro com tanta satisfação. As voltas quase cinematográficas e o confronto com o que de melhor e pior o ser humano é capaz, prenderam-me a este livro de uma maneira de que já tinha saudades. Com algumas referências que quem tenha estado em Barcelona vai reconhecer, acaba por nos fazer "ver" a cidade como ela foi. Ao ler este livro fiquei triste, feliz, emocionado, revoltado e risonho com esta história que se desenrola num passado não muito distante. Acaba por falar também do que é a paixão por ler, e o prazer que um bom livro pode dar. A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón. Sabe sempre bem descobrir livros assim. Eu até estava capaz de recomendar a sua leitura, mas quem sou eu para fazer tal coisa. Para quem queira saber mais sobre o livro e o autor, aqui fica o link.

terça-feira, março 28, 2006

E se um dia...

.Mais um dia de sol. A Primavera parece ter finalmente deixado a timidez de lado. Acho que só hoje tomei consciência da falta que toda esta luz me andava a fazer. Como num passe de magia, todos os problemas parecem deixar de fazer sentido. Sinto-me realmente feliz, e sem razão aparente. De qualquer forma, enquanto passo os olhos pela crónica de Gonçalo Cadilhe na SurfPortugal, deparo com uma frase que ensombra um pouco esta minha boa disposição: "Compreendi que não há coisa mais triste que viver longe do mar". Inconscientemente dou por mim a pensar que talvez os meus objectivos de vida estejam um pouco baralhados neste momento. Não que viva assim tão longe do mar, que uma pequena viagem não me ponha junto dele. Mas uma das coisas que sempre quis, foi morar junto ao mar. E quando digo junto ao mar, é sair de casa e, quando muito, atravessar a rua e estar na praia. Não quero com isto dizer que morar no campo, por exemplo, não seja também agradável. Aliás, as minhas raízes, estão em Trás-os-montes e na Serra da Estrela, locais onde sempre me senti bem e onde volto sempre com uma satisfação inexplicável. Mas desde sempre senti uma ligação muito forte ao mar. E uma das coisas que sempre me assustou, foi algum dia, por um qualquer motivo, ter que ir morar para um qualquer sítio que me privasse de um contacto mais regular com ele. De uma forma ou de outra, a vida acabou por dar uma volta que me afastou um pouco mais dele. Não adianta muito lamentar o que já passou, mas acabo por dar por mim a pensar se algumas das razões que me levaram a onde vivo agora, seriam tão válidas assim. Mas como o sonho comanda a vida, vou continuar a sonhar com o dia em que me vai bastar abrir a janela, para saber se vale a pena pegar na prancha, ou antes, está melhor para pegar apenas num livro e ir sentar-me na areia.

segunda-feira, março 27, 2006

Finalmente um dia de calor

Os olhos pesam-me. Tenho vontade de fazer algo, mas não sei o quê. Pelo menos o sol resolveu agora mostrar-se. Sinto um pequeno toque de calor aflorar-me a pele, e de repente, tudo parece novamente fazer sentido. Nada como um dia de sol, para nos fazer ver tudo com um novo brilho. Será esta falta de luz um sentir diferente? E...


...E nada! Isto até andava a correr tão bem! Claro que já
era de estranhar esta falta de um desvio aos parâmetros
establecidos como objectivo para este blog. Será do sol?
Pois, só pode ser. O sol fez mal à cabecinha do menino!
Portanto antes que a coisa descambe mais, fica por aqui
esta espécie de tirada pseudo-não-sei-o-quê do autor.

P'la Comissão Executiva

domingo, março 26, 2006

1º Prémio para "Acto de burrice inqualificável"

E o prémio vai para:

Moi même.


Por ter resolvido ir ver o Casanova a um Sábado à noite, talvez achando que, eventualmente, as pessoas teriam resolvido que os cinemas, de repente, teriam deixado de ser locais de ameno convívio e cavaqueira ou até mesmo de petisco, para passarem a ser sítios onde efectivamente se vai para ver um filme.

sexta-feira, março 24, 2006

ダニエル・オリベイラ

Ou por outras palavras, o meu primeiro e último nome escritos em Japonês. Se for só Daniel, fica ダニエル, e eles pronunciam: Danieru. Dani, é muito mais fácil, ダニ, e pronuncia-se mesmo Dani. Já se for em Chinês fica algo como: 丹尼尔 奥利维拉, dān nír ào lì wéi lā, não sei se isto é somente o nome dos caracteres, se é a forma como se pronuncia. Giríssimo não é? Portanto com um agradecimento à セリャ (Célia, que eles pronunciam: Serya) aqui fica o link para quem se quiser entreter a espantar os amigos e familiares com os espantosos conhecimentos em línguas orientais.

アモ-テ・ソニア
ベイホス
(este bocadinho é só para a Sónia)

quinta-feira, março 23, 2006

O Yin do Manneken

Manneken Pis. Quem não ouviu já falar neste rapazinho mijão. No ano passado, teve direito a um traje à Obélix e tudo, por causa das comemorações relacionadas com BD que tiveram lugar em Bruxelas. O mais surpreendente para mim, foi mesmo ver o tamanho minúsculo da estátua em questão. Se fosse um pouco mais distraído, nem tinha dado por ele, empoleirado lá no cimo da fonte, apesar de todas as indicações sobre onde ele supostamente está. Visto este rapazito, faltava ver algo um pouco menos conhecido. A Jeanneke Pis. Depois de um dia em que ficámos a saber com quantos músculos se faziam as nossas pernas, lá fomos dar com esta rapariga num beco mal-cheiroso, transversal à Rue des Bouchers, junto à Grand Place. Engraçado como na foto presente no link da Rue des Bouchers, a pequena fonte está rodeada de plantas e com um aspecto limpo. Quando lá estivemos, ela estava fechada atrás de umas grades, e o cheiro a xixi naquele beco era tão insuportável, que aquilo foi bater duas chapas com a manga por cima do nariz, e pirármo-nos dali! E isto tudo, mesmo ao lado de uma rua que é só restaurantes! Quer me parecer que eles não têm a Jeanneke em grande consideração.

quarta-feira, março 22, 2006

Submundo/Coffe COFFE

Dia de jantar de anos da sogrita, versão apenas para colegas de trabalho, excepção feita à filhota, a Sónia. Como a perspectiva de serão era sozinho e abandonado em casa, rumei ao cinema. O Il Caffè di Roma no Alvaláxia, tem os chocolates que acompanham o café esgotados. Bolas, esta é uma das duas únicas razões porque eu lá vou beber café! A outra, é porque gosto do café. Como recompensa pela ausência do chocolate, tive que ir à geladaria comprar um geladito. Tudo muito light, chocolate e morango com natas, num copo, não em cone, porque toda a gente sabe que a bolacha engorda! Sem contemplar outra opção cinéfila que não fosse olhar sem
pensar muito, entro na sala que dá direito a ver a Kate Beckinsale em traje justinho. Texto explicativo inicial, quase como no ínicio da Guerra das Estrelas, do qual eu sou obrigado a desviar a atenção de, porque no meio de uma sala praticamente vazia, dois caramelos vêm sentar-se ao meu lado, um deles quase cilindrando o meu casaco e o copo de gelado que repousavam na cadeira junto a mim. Fiquei o resto do filme com a sensação de que tinha perdido algo importante para o desenrolar da narrativa. E fiquei também com conversas a meia voz mesmo ao pé da orelha durante o filme inteiro. Ainda bem que existe pessoal que comenta o filme todo, senão, não o tinha percebido! F@#&-%*! Dentadas, tiros, história mal aproveitada, saltos, câmaras lentas tipo Matrix, e o que valeu mesmo a pena neste Underworld (que me pareceu um pouco melhor que o primeiro) foi ver a Kate Beckinsale com e sem traje apertadinho. Saio da sala, e verifico que tenho uma chamada perdida. Da Sónia. O espectáculo do Herman ainda não tinha começado, ah!, pois é, esqueci-me de mencionar que o jantar era no Café CAFÉ, e recebi uma convocatória relâmpago. Como não tinham comparecido só colegAs ao jantar, estava convocado para ir rir um bocado. 23:40, vinte minutos de margem até o espectáculo começar. 8,5 minutos depois já o percurso Alvalade-Alcântara foi devorado. Lugar à porta. Ok, correu bem. Depois de me cravarem 10 euros à entrada, apesar de eu divulgar que vinha ter com alguém que jantava, cumprimentos da ordem as/aos presentes, pedido da mísera bebida a que tinha direito, e enfim, ainda a tempo de assistir ao espectáculo. Músicas nossas conhecidas, imitações, palavrões bem colocados, transformação da camisa num top e, apesar de não gostar muito do Herman, sou obrigado a reconhecer que este senhor é um grande artista. Final de noite, e a pior parte ficou reservada para a Sónia, que apenas dormiu umas 5 horitas.

terça-feira, março 21, 2006

Diga lá!?!!

Além de umas quantas questões levantadas sobre relações entre pessoas de idades muito diferentes, eis o que ficou do filme visto ontem:

"O pénis dele é tão bonito... que me apetece tricotar-lhe um chapéu!"

Uma Thurman
in Terapia do amor

segunda-feira, março 20, 2006

Sinal de paixão

Após meses de uma (não) intensa pesquisa, posso enfim revelar os resultados não conclusivos da mesma. Será a paixão visível a olho nu? Foi este o tema que me propus investigar. Não tentei neste estudo encontrar provas mais que reconhecidas, como: Olhares perdidos no infinito, tropeções em plena rua por se ir a pensar na/no tal, bocas que não se desgrudam, falas de bebé, risinhos idiotas, pessoas que parecem saltitar de nenúfar em nenúfar, e outras que tais. Estas já toda a gente conhece. Não, eu queria algo mais contundente. Algo que não pudesse ser teatralmente representado. Como que um sinal que distinguisse no meio da multidão, a milhas de distância, quem está apaixonado. Algo que anunciasse a toda a gente, ao género dos saudosos 90 nos pára-choques, que aquela pessoa estava contaminada com o bichinho da paixão. Seria
como que um sinal, que permitiria a essa pessoa ser desculpada pelas suas atitudes nos tempos mais próximos. Respostas aparvalhadas quando questionados sobre a sua/seu objecto de culto, faltas de atenção nas conversas ou súbitas ausências para mundos de sonho, estariam automaticamente justificados, mesmo para quem até aí não tivesse conhecimento do que se passava. Seria a marca da paixão. Poderia provocar alguns olhares de inveja, mas seria também um anúncio de felicidade ao mundo. Ora, não consegui encontrar provas concludentes. Entre todos os objectos de estudo, apenas um apresentou inequivocamente o sinal que eu procurava (na imagem). Embora neste caso bastasse olhar para os seus olhos vermelhos de paixão, bem como para o seu ar um pouco alheado e queixo caído (alguns dos tais sinais mais que conhecidos) para nos apercebermos que se encontra irremediavelmente in love, aí estava o tão ansiado sinal público de paixão. Infelizmente esta aparição, qual OVNI ou assombração, foi temporária, e limitada ao dia em questão. Acabei por ter que dar o estudo como inconclusivo por falta de mais provas. Resta-me apenas dizer que: "Eu vi um destes sinais, embora toda gente saiba que não existem."

domingo, março 19, 2006

O melhor pai do mundo

O meu.

P.S.- Vai sem fotografia, porque não sei o que é que se passa hoje com o raio do blogger mas não me aceita as fotografias!
E claro que compreendo perfeitamente que esta noção de melhor pai do mundo possa variar de pessoa para pessoa!

sábado, março 18, 2006

Truques de cozinha

Descobri um blog fantástico, onde alguém com saber na arte de cozinhar, resolveu partilhar os seus conhecimentos com o resto do mundo. Incrível o que uma maneira diferente de cozer vegetais pode fazer pelos nossos pratos! Fiquei fã logo na primeira visita. Para todos os cozinheiros(as) em potencial que por aí andam, e que não desdenham uma ajudazinha profissional, aqui fica a dica: O fogão do kuka. Os vossos amores e amigos vão agradecer!

sexta-feira, março 17, 2006

Hoje não é um dia lá muito bom

Chove bastante lá fora, e a temperatura resolveu descer uma série de graus. O mar está todo partido, logo hoje, que eu até só vou trabalhar à noite, até já estou com a constipação praticamente curada e ía meter os pézinhos dentro de água. A Sónia está com um torcicolo que até doi só de olhar. Se bem que também dá uma certa vontade de rir, pois anda com a cabeça numa posição algo cómica. Logo mais ao fim da tarde, alguém da família vai sofrer uma pequena intervenção cirúrgica. Nada de especial, mas ainda assim motivo de preocupação. Não sei se é da chuva, mas estou com um certo mau humor, que acho que nem eu estou com vontade de me aturar. A minha casa está um caos e eu sem vontade nenhuma de o resolver. Caricato, pois a desarrumação acaba por estar a contribuir, também, para o meu mau humor. E a juntar a isto, o senhor Tiago, o autor deste blog, resolveu pôr um fim no mesmo. Logo ele, que mesmo sem querer, acabou por ser a inspiração para o aparecer do meu blog. Portanto, por este último motivo, hoje o meu blog está de luto.

quinta-feira, março 16, 2006

Detalhe

No meio das fotografias da nossa viagem europeia do verão passado, fui dar com uma de que já nem me lembrava. Esta obra de arte estava escarrapachada no chão, meio perdida no empedrado, junto à Oude Kerk, em Amesterdão. A primeira vez que passámos por ela não a vimos, tal era o nosso grau de receio ao passear por aquela zona. Era de noite, e como a Oude Kerk fica paredes meias com o Red Light District, havia uns quantos personagens que nos obrigavam a estar mais preocupados em olhar para eles (não, não estou a falar das senhoras nas montras) que em olhar para o chão. De qualquer forma, teve o seu quê de curioso, ver este objecto profano junto a uma igreja. Se bem que, pensando bem, o Red Light District é mesmo ali ao lado, e isto é café pequeno comparado com ele.

quarta-feira, março 15, 2006

Frase de ontem

Em pleno jantar de anos da sogrita, num lugar que obrigava a um certo protocolo, eis que surge esta citação:

"Não faz mal levares um pontapé no cu. Quer dizer que vais à frente."

by Tânia

terça-feira, março 14, 2006

Parabéns sogrita!


A sogrita faz hoje anos. Não digo quantos, mas é uma idade bonita, e como que um marco psicológico que alguns têm dificuldade em enfrentrar. Com ela acho que nada disso se vai passar, pois continua a ter um espírito jovem e a ser uma companhia dos diabos. Nada como a forma como encaramos a vida, para revelar a nossa verdadeira idade. Entretanto, uma das prendas que recebeu foi, uma Betty Boop em tamanho gigante!?! Alguém me explica o que se faz com uma Betty Boop em tamanho gigante?

segunda-feira, março 13, 2006

Sonâmbulos

5:35. O despertador resmunga como se houvesse um incêndio. Ela emite uma série de suspiros e apalpa às cegas até o calar. Ele acorda e ainda estremunhado, rasteja até ao computador. Ela nem sequer se move e continua deitada. Enquanto o computador zune e blipa, Ele vai à casa de banho com um olho aberto e outro fechado. Apesar das possiblidades, nada é vertido fora de sítio. De volta ao computador, o brilho do ecrã fere-lhe os olhos. O site da ana apenas diz que a aterragem está prevista para as 5:35. Neste momento Ela aparece, e como não há nada de concreto anúncia que o despertador foi regulado para as 6:10. Voltam para a cama. Ele não consegue adormecer de novo. Ela quase consegue. 5:57. Ele levanta-se e dá uma nova espreitadela ao site. O avião aterrou às 5:51. Ele vai ao quarto e diz-lhe para se levantar. Ela move-se em câmara lenta, mas eventualmente levanta-se. Enquanto se vestem, o telemóvel toca. "Estou?", proclama Ela, um pouco alto de mais para a hora em curso. Após uma breve troca de palavras, desliga. "Estão à espera das malas", diz Ela. Ele fica pronto primeiro como é habitual, e vai engolir um iogurte, que de tão gelado fere-lhe a garganta ainda convalescente da constipação. Ela finalmente está pronta também, e como é um pouco menos doida, resolve trazer um iogurte para beber no caminho. Como num sonho, flutuam até ao aeroporto. Engraçado como na estrada apenas circulam camiões. Na sala das chegadas, cruzam-se com gente doente. Sim, porque aquele tom de pele, nesta altura do ano, só pode ser doença. Ela avista os pais, que finalmente são libertos daquela porta que solta sempre toda a gente menos quem se aguarda. Também eles vêem doentes. Por fim Eles despertam um pouco, e conseguem perceber que toda aquela gente colorida vem de países mais quentes nesta altura do ano. Altura de partir, e de Ela ir cumprir o ritual de abrir as malas com a mãe e ver as surpresas que por lá vêem. Já em casa dos pais dEla, Ele e Ela, bebem um café e lá conseguem acordar. As surpresas foram boas como sempre. Ela vai para o trabalho em seguida, com a sensação de horas de sono a menos. Ele como só vai trabalhar à tarde, vai para casa com a certeza de não voltar a adormecer mesmo que se deite, e com raiva por estar constipado, pois não pode aproveitar a manhã para ir surfar.

domingo, março 12, 2006

Que bela manhã

Hoje a manhã esteve magnífica na Costa. Muito sol, calor, uns belos sets de 1 metro a entrar e nem por isso muito crowd. E esta maldita constipação que não me larga... Pois, que eu como sou masoquista, ainda fui até lá, com a Sónia, dar uma espreitadela. Mas como estou neste estado, o máximo que deu para fazer foi sentar-me no pontão a ver os outros curtir. Só me apetece gritar!

sábado, março 11, 2006

Porquê?

.Será talvez a pergunta que mais vezes fazemos a nós próprios em momentos como este. Porque agora apenas vemos a dor, e todos os pedaços de felicidade se assemelham a breves e ilusórias miragens.

Para o Túlio

sexta-feira, março 10, 2006

Como é bom estar doente

Estar constipado é mesmo uma sensação única. Ficamos dormentes, tudo se parece mover mais devagar, parece que começamos a ouvir as coisas à distância e só nos apetece ficar quietinhos no nosso canto. Onde mais é que se consegue ter este tipo de sensações? Só se for fumando um charro ou o dia da ressaca a seguir a uma bebedeira descomunal. Portanto, uma constipação, é uma intoxicação natural! Nada como ser ecológico! Só estou um pouco preocupado porque o meu edredão é de penas. Terei apanhado a gripe das aves? Esta dor de cabeça é que podia ser um bocadinho menos acentuada. Assim nem me apetece ler. E logo agora que já acabei o Codex, que diga-se de passagem, embora tenha uma história interessante por trás, não consegue ser um bom livro, chegando muitas vezes a raiar o secante, e ía começar A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón. O pior mesmo disto tudo, é que estar constipado não é razão suficiente para faltar ao trabalho. Tenho pelo menos o consolo de que como estou meio anestesiado, o dia acaba por passar mais depressa.

quinta-feira, março 09, 2006

Bichos de estimação

Como todo a gente parece ter um, resolvi que hoje ía mostrar o meu bicharoco de estimação. Quer dizer, de estimação é como quem diz. Ela como que se impôs aqui por estes lados. Não vive num habitat tão elaborado como o que volta e meia se pode vislumbrar aqui. Não tem direito a estar dentro de casa como os cães e gatos de alguns amigos meus. Aliás, ela é mais dada a ficar na rua. Até porque se tem o azar de entrar, pode ter um acidente. Como nós temos uma espécie de monte com vegetação atrás do nosso prédio, volta e meia, temos todo o tipo de insectos com e sem asas a dar uma voltinha pala varanda. Esta, aparentemente, achou que atrás do candeeiro era um óptimo local para viver. Eu já por várias vezes limpei aquela teia de aranha. Mas passado pouquíssimo tempo, como por magia, ela reaparece. Por preguiça, nunca me dei ao trabalho de tirar o candeeiro para ver se alguém andava lá por trás. Logo, nunca tinha vislumbrado a nossa hóspede. Ontem, por mero acaso, calhei a ir à porta da cozinha e olhar para o candeeiro. O que vejo eu? Algo relativamente grande, para insecto, preso na teia, e a sô dona aranha a sair da toca para se alimentar. Nunca tinha imaginado que tivesse estas proporções, embora devesse ter desconfiado, tal era a rapidez com que a teia reaparecia. Ok, não é a Shelob do Senhor dos Anéis, mas ainda assim é bastante grande para o que eventualmente eu tinha visto aparecer nas imediações cá de casa. Bem, e agora que a senhora está apresentada, podem despedir-se dela, porque a mesma vai ter que ser removida. Não que eu não goste dela, mas como não consegui pôr um holofote a apontar para a teia, de forma a obter um efeito artístico na varanda, não estou interessado em qualquer dia sair para a varanda e ficar enleado na teia. Isso e a Churri, que se sabe disto não volta cá a casa!

quarta-feira, março 08, 2006

E porque hoje é Dia da Mulher...

.Aqui fica uma mulher de sucesso (Maria Sharapova, para os mais distraídos. Mais fotos aqui.), e talvez uma razão válida para ver ténis. Ou estavam à espera de uma foto conjunta da Sónia, da minha mãe, da minha sogra, das minhas tias, das minhas avós emprestadas e das minhas amigas, todas assim em biquini? Hum, por acaso até era uma ideia gira... Mas além das dificuldades logísticas que iria representar juntar estas mulheres todas, o meu bolso não ía conseguir suportar cachets tão elevados como o que estas mulheres tão belas, inteligentes e simpáticas me iriam cobrar. Por isso, fico-me apenas por um:

"Feliz Dia da Mulher!"

P.S.- Para quando um Dia do Homem? Não acho correcta esta discriminação! Eu também gostava de ter um dia dedicado a mim. As mulheres felicitavam-me, e em vez de me darem flores, que eu dispenso, podiam dar-me umas caixitas de bombons que eu ficava felicíssimo.

terça-feira, março 07, 2006

Os prazeres de uma repartição pública

Normalmente só ouço dizer mal das repartições públicas (eu incluído). Hoje resolvi encarar as coisas de outra perspectiva. Precisei de alterar alguns dados do carro. Fizemos uma primeira incursão à Loja do Cidadão num Sábado passado. Como estava por lá um manancial de pessoas que tinha aproveitado o belíssimo dia de chuva para ir passear para aqueles lados, resolvemos dar meia-volta e partir dali apenas com o impresso na mão. É que filas ao fim-de-semana já é abusar! Consegui hoje, finalmente, arranjar uma brechinha para ir tratar do problema. A DGV em Entrecampos, pareceu-me um bom sítio para tratar do assunto. Cheguei lá por volta das 10, e estava um ambiente muito acolhedor. Muita gente, o que é sempre bom dado o frio que se tem sentido, e todos com caras de poucos amigos, o que torna o resto das pessoas todas bastante mais feias, pelo que logo nos começamos a sentir bem mais bonitos. Quando retirei a minha senha, continuei a não perceber o porquê daqueles ares sorumbáticos. Era o 952 e segundo o ecrã, ía no 932. "20 pessoas à minha frente. Até nem está mau!", pensei eu. Dediquei-me então a continuar a leitura do Codex. Quando passado meia hora o contador tinha dado apenas dois míseros pulinhos, comecei a ficar mais preocupado e mais compreensivo para com o resto do pessoal. Mas, ao mesmo tempo, pensei também na preocupação que o Estado tem para com os seus contribuintes. Afinal, eles querem apenas dar-nos oportunidade para actualizarmos leituras, travarmos conhecimentos com outras pessoas (isto revela-se bastante fácil, pois quando é para cortar na casaca do Estado arranja-se logo uma data de amigos), pensar em como seria melhor estar numa esplanada junto à praia em vez de enfiados naquele buraco, enfim, perder um pouco deste stress em que todos andamos enleados. E verdade seja dita, eu aproveitei bem o tempo que me foi concedido. Quando me fartei de ler e de contemplar quem me rodeava, dei corda aos sapatos e rumei a casa dos meus pais (claro que para os caros concidadãos beneficiarem do que se segue, têm que ter pais que morem mais ou menos perto de uma repartição...). Deu para lavar o carro, almoçar descansado com o meu pai, ir ao café e quando voltei, ainda li umas 5 páginas do livro. Tudo em prol do meu bem-estar! Este Estado é mesmo o máximo! Quem é querido, quem é? O stress veio mais tarde, quando cheguei a casa. Depois de até ter ido beber café com a Sónia, descobri que a minha excelentíssima esposa tinha ficado com as duas chaves de casa! A manhã até me tinha corrido bem, com todo aquele tempo de lazer e tal, e chego a casa e sou confrontado com várias perspectivas não muito animadoras: Ou me sentava nas escadas e esperava umas 5 horitas que a Sónia chegasse, ou ía até ao trabalho dela buscar as chaves ou então tinha que fazer uma caminhada até casa da minha sogrita e rezar para que a avó da Sónia estivesse em casa para me dar a chave. Acabou por ganhar a última, que era a que implicava menos deslocação e menos tempo de espera. E vá lá, vá lá que cheguei na hora H! É que a avó da Sónia estava quase, quase a sair para ir às compras! UFA!

segunda-feira, março 06, 2006

Quem tem medo do frio?


Após largos meses de reivindicações, manifestações massivas e até mesmo algumas greves, aí está finalmente o tão aguardado 4/3! Inspirado no traje lascivo da Charlize Theron no Aeon Flux, poderá não contribuir para um segundo olhar para a minha exótica silhueta, mas vai diminuir e muito os tremeliques dentro de água (salvo os causados pelo eventual excesso de tamanho de alguns sets!). O único problema tem sido mesmo levá-lo para dentro de água. Ou é o mar que está mal disposto, ou são os horários que não permitem ou então é outra das inumeras razões que têm feito com que eu esteja a seco à quase... três semanas!?! dEUS meu! Mas o que se passa? Bom, hoje pelo menos além do horário algo complicado, tenho também a desculpa da ajuda na Ajuda de Sábado! Sim, que os quartos andares sem elevador têm que se lhes diga! Isso e as caixas de tamanho extra large que alguém empacotou e que, além das pernas, nos deixaram os bracitos doridos! Mas pronto, o pessoal pelos amigos faz tudo e a mudança acabou por nem custar assim tanto. Agora só não percebi é porque é que a Marta só nos avisou que tinhamos entrado no prédio errado quando, já um colchão, parte de um sofá e uma parte das caixas, subiam alegremente as escadas do tal prédio errado e estavam já no 1º andar! Eu tenho quase a certeza que ouvi algumas ameaças veladas e uns quantos grunhidos, à mistura com muitas gargalhadas, provenientes da procissão que rumou escada abaixo, a bufar debaixo de todo aquele peso. Não fosse a vista deslumbrante que se tem de casa deles e que distraiu a malta, talvez tivesse havido feridos! Mas assim, acabou tudo com um lanche volante, regado com cerveja e vinho. Podia ter sido pior.

sábado, março 04, 2006

Ando a perder-me

UPS! Fiz um teste capturado do blog do meu amigo Tiago, e não sei se gostei de alguns dos resultados! Tudo bem que fiquei a saber que se calhar sou um pintor, estilista, escultor ou algo parecido, em potencial, e que me ando a perder no trabalho onde estou actualmente. Mas alguns dos resultados dão que pensar. Não sei se não é melhor começar a ficar preocupado! Para ver os resultados do teste, deixar o ponteiro repousar sobre cada uma das cores.

sexta-feira, março 03, 2006

Afinal a montanha pariu um rato

Então, o diagonóstico feito ao XU, revelou que não se tratou de qualquer falha geral na sua cabeça, mas apenas num neurónio. Foi apenas um tal de termóstato que resolveu colar, tentando dessa forma resolver os seus problemas de afirmação. Verdade seja dita, que me conseguiu chamar a atenção com aquele espectáculo com fumos e tudo. Quer dizer, fumo, fumo, não. Era mais vapor de água, provocado pela queda da mesma no motor e escape, após a sua saída pela tampa do reservatório. Como eu não vou muito à bola com estas demonstrações de força, resolvi despedir este termóstato revoltoso. Ficou o problema resolvido, e temos o nosso XU de volta ao lar, com um termóstato novinho em folha e pronto para as curvas de novo. Curvas e alguns caminhos de areia! Que o hobbie a isso às vezes obriga. Tudo está bem quando acaba bem (sim, porque se ouvissem os gemidos que a minha carteira andava a soltar só de pensar no caso...).

quinta-feira, março 02, 2006

Aeon Flux

Assim à primeira vista, parece o nome de um qualquer produto, perfumado e desinfectante, para pôr na sanita. A entoação do nome, remete-nos para uma brisa fresca quando fizermos a descarga do autoclismo. Com Aeon a poder ser associado a uma etérea fragrância, que se irá libertar quando se ouvir o fluusch no WC. Mas não se trata de nada disso. Aproveitando mais uma vez a flexibilidade que por vezes o meu trabalho permite, rumei ao cinema às 14:30. Tinha visto a apresentação do filme há já algum tempo, e tinha ficado com vontade de o ir ver. Como o filme parecia proporcionar um ambiente particularmente favorável ao consumo de pipocas e a cara-metade não tinha vontade de o ir ver, aproveitei esta brecha no meu horário e fui tentar contornar os "pipoqueiros-compulsivos". Apesar de alguns espécimes terem aparecido por lá, como a sala era grande e o número de pessoas reduzido, os poucos barulhos de mastigação existentes acabaram por se diluir na banda sonora. Missão bem sucedida, portanto. Quanto ao filme, a história que está na sua origem, na minha opinião, até é muito boa. Mas, podia estar melhor contada e desenrola-se de uma forma bastante confusa, acabando por se perder um pouco no meio de tudo o resto. Nem sequer os trajes apertadinhos da Charlize Theron (que já recuperou da transfiguração de Monster e está em muito boa forma!) chegam para salvar toda aquela barafunda de saltos e pontapés perdidos. Mas nem tudo dei como perdido. Fiquei conhecedor de um técnica capaz de deixar o Karate Kid corado de vergonha. Qual apanhar moscas com pauzinhos, qual quê! O que está a dar agora, é apanhar moscas com as pálpebras! Isso mesmo, com as pálpebras! Estou a pensar tornar-me um mestre nesta arte e tudo. Adaptava a técnica a outras criaturas voadoras, e não havia melga que me resistisse. Imaginem só o descansado que eu passava a estar no verão! Quando alguma tivesse o azar de navegar perto de mim, ZÁS! Duas piscadelas com o olho direito e uma com o esquerdo, e estava o assunto arrumado.

quarta-feira, março 01, 2006

Absorver em vez de verter

Estipulei como objectivo de hoje, ler pelo menos mais umas cem páginas do Codex. Portanto, hoje, não vai haver nenhum dilúvio de palavras.