Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

sexta-feira, abril 27, 2007

Olhar para trás

Segundo um estudo recente que li, a grande maioria dos blogs nasce do aborrecimento. Talvez daí este estar a morrer. As poucas palavras que por aqui vão aparecendo, acabam por ser aborrecidas. E para aborrecimento já vão chegando os que vamos tendo no dia-a-dia. Mas eu vou andando por aqui. Este blog nasceu um pouco como um diário. Um sítio para eu despejar parvoíces, soltar pensamentos, piadas parvas e sei lá mais o quê. Claro que me soube bem conhecer e ouvir opiniões de pessoas que de outra forma nunca conheceria. Mas alturas houve em que acho que me perdi um pouco e fui atrás do deslumbramento de ter uma audiência. Falar e alguém ouvir. Falar para obter reacções. Só a custo consegui desligar um pouco. A inocência de escrever também ou mais para mim, precisa-se. Para me manter são e também para não sentir o abandono que começava a sentir se ninguém ligava ao que era escrito. Parvoíce suprema. Como se tudo isto importasse em demasia. Como se na realidade isto fosse mais do que um sítio onde digo o que quero ou sinto e alguém espreita ou não. Por isso vou dar uns passos atrás. De volta às origens. Para sentir o prazer com que comecei.

quinta-feira, abril 26, 2007

La Gomera

Após uma semana com mau tempo em Tenerife (e 2003 vai já tão longe), e depois de já termos explorado a parte, mais bela, norte da ilha, resolvemos pular até aquela outra ilha, que se avistava daquele lado sul pavoroso, que mais parecia o Algarve no seu pior. Deparámos com uma pequena ilha, recheada de escarpas e vegetação selvagem, onde a mão do homem tinha revelado também o seu engenho, com agricultura em socalcos incríveis à beira do precipício, um pouco à maneira das vinhas do Douro. Valeu a pena para limpar a vista de tanto bar para inglês e alemão.

terça-feira, abril 24, 2007

Sonhar acordado...

Aaaaaahhhhh...
Dormir oito horinhas seguidas...
Huumm...

domingo, abril 22, 2007

Dias de calor

Passo a mão pela testa ao caminhar junto à parede. Aqui o calor é opressivo. Dobro a esquina e uma ligeira brisa presenteia-me com a sua carícia. Já sem um peso excessivo este calor recarrega-me as baterias. É uma ajuda nestes meus devaneios de quem passa a maior parte do tempo em reclusão. O sentir de novo o chão sob os pés. Olhar à volta e ter espaço em vez de paredes. Perco-me por momentos e a sensação é como se não me soubesse comportar na rua. Amplitude em demasia para os meus sentidos. Começo a respirar e a ânsia de outros sentires atinge-me de forma dolorosa. O sal na boca. O arrepio ao sentir a primeira água escorrer dentro do fato. As primeiras braçadas que doem ao desentorpecer os músculos. A respiração que se sustem por breves instantes ao dropar a primeira do dia. O líquido em movimento que nos impele. A sensação de prazer com que são dadas as braçadas de volta para mais uma onda. Mais um dia. Mais sensações. Em breve de volta ao mar.

quinta-feira, abril 19, 2007

Ooooopsssss

Acabei de me aperceber que o meu blog se está a tornar rapidamente num babyblog! É o que dá passar tanto tempo em casa com um bebé.

quinta-feira, abril 12, 2007

Por aí

Espaço votado ao abandono. Um abandono sentido e daí talvez não. Os dedos que percorriam superfícies, e se soltavam em palavras, parecem agora ausentes. Dormentes com o passar de horas que correm ao sabor de minutos. Flutuo numa espécie de limbo. O conceito de vida "normal" soa por momentos a algo estranho. Solto agora uma palavra. Duas palavras. Começam a correr aos poucos. Parece que por momentos consigo raspar um pouco daquela sensação de perda que tal exige. Mas sou forçado a prender os movimentos aleatórios, pois de novo na terra devo pousar os pés. Até quando? Talvez apenas até já.

quarta-feira, abril 04, 2007

Pedaços de dias imensos

Sem palavras, pois existem momentos em que somos suplantados pelo pequeno milagre que temos em mãos.

terça-feira, abril 03, 2007

Uma vida nova

E os dias vão passando. O passar das horas esbate-se nos pequenos gestos que vamos fazendo. Cada dia trás uma nova descoberta. Trás também uma nova compreensão. Os corpos vão-se adaptando às novas exigências. Embora um pouco à toa, e adormecendo à primeira oportunidade, as energias em nós parecem inesgotáveis. A paixão pelo novo ser vai-se instalando, num crescendo que nos preenche e nos vai dando todo um novo mundo de emoções. A responsabilidade por criar alguém parece não ter peso e os instintos indicam-nos o que de melhor podemos fazer para a manter feliz. Amor. A palavra que melhor define este momento.

Nota: Por clara falta de respeito do nosso computador, pelo bonito momento que vivemos, este vai sendo o relato possível e, por ser via telemóvel, sem direito a fotografias.