Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

segunda-feira, outubro 29, 2007

Jet lag caseiro

Odeio esta mudança para a chamada "hora de inverno". Já me tentaram explicar/convencer várias vezes, mas continuo sem perceber qual é a vantagem de ter a noite a começar às 16h30. Fico completamente trocado e sem reação para nada. Uma das trocas é ao serão: Por vezes sinto-me como se estivesse a jantar à meia-noite. O que é giro exporadicamente, mas não cinco meses seguidos. Se os dias já de si são muito mais curtos, nesta altura do ano, para quê encolhê-los ainda mais? "Ah e tal, por causa das crianças, para quando vão para a escola não estar escuro", é uma das justificações que ouço. Pois, assim é melhor: vão com luz e têm as últimas aulas e o regresso a casa já com noite cerrada! E por falar em crianças, como é que se explica, a uma de sete meses, que, a partir de ontem, os sonos, os despertares e as refeições passam a ser uma hora mais tarde?

sexta-feira, outubro 26, 2007

Pequenas frustrações

Dia de a Mafalda ir levar uma pica. Logo no dia em que faz sete meses, coitadinha. O que vale é que ela não é mariquinhas como o pai. Porta-se sempre lindamente e só chora na altura em que a picam. Excepto hoje. A vacina estava marcada para as 10h, que já é no fim do limite do ínicio da sesta matinal, mas atrasaram tanto a coisa que só entrámos às 10h40. E nós já lá estávamos desde as 9h50. Foi preciso mil e uma histórias e brincadeiras para a manter desperta e fazer esquecer a birrinha do sono. Claro que como a Mafalda já estava saturada, e ainda teve que ser despedida para ser pesada, quando foi picada chorou que se fartou. Nada que um colinho não tenha acalmado. Tudo estaria bem se não fosse o comentário que fez a parva da enfermeira-chefe, depois de eu dizer que já passava da hora da sesta da Mafalda e enquanto a acalmava: "É assim. Têm que enfrentar as frustrações logo de pequeninos, senão depois não estão preparados." E uma murraça nos cornos, vai? Já não bastava termos entrado atrasados porque deixaram passar à frente dois bebés que chegaram muito depois da hora deles, vulgo na nossa hora, ainda tenho que aturar estes pareceres de carácácá? Bom, mas mordi a língua e vim-me embora, porque se falasse acho que explodia. Claro que assim que entrámos no carro a Mafalda adormeceu. Acho que ainda pode esperar mais um tempinho até ter frustrações destas. Todos os dias.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Avaria

Descobri recentemente um problema mais ou menos grave na minha máquina fotográfica: só apanha bebés! Tudo o resto parece ter desaparecido do seu raio de acção. Será que tenho que accionar a garantia da máquina?

terça-feira, outubro 23, 2007

Dois anos e onze dias

Realmente este blog anda pelas portas da morte... Já fez dois aninhos e eu nem dei pelo facto! Dois anos a tentar escrever o que me vai na alma, o que me dá na telha, o que vi por aí. Com muito menos frequência ultimamente. Mas isso tem tudo a ver com a mudança de vida que se operou e à qual ainda não consegui adaptar o meu tempo. Parece que nunca chega. E quando há uma folguinha, não me consigo desmultiplicar pelas inúmeras coisas que quero fazer. O preterido acaba por ser sempre este canto. Este canto que é a coisa mais parecida com um diário, que eu alguma vez tive. Talvez por vezes até me tenha esquecido que existem outras pessoas que lêem o que escrevo e tenha dado mais do que o que queria. Mas também se trata disso mesmo. De conhecer outras pessoas e opiniões, que dificilmente conheceria ou ouviria, pois com o passar dos anos temos tendência a fechar-nos no nosso grupo de amigos e a lá permanecer. Uma espécie de conforto agridoce. Doce, pois não há nada como os nossos amigos, mas ao mesmo tempo amargo, pois acabamos por nos fechar a novas experiências e a outras formas de ver a vida. Criei este blog apenas por curiosidade e foi-se tornando numa companhia. Uma companhia que me punha um sorriso nos lábios com muitos dos comentários deixados. Uma companhia onde podia despejar as maiores idiotices possíveis, os sentimentos mais felizes ou os dias mais obscuros. Já pensei em fechar as portas várias vezes. Colocar um ponto final neste pequeno livro de mim e não pensar mais nele. Mas a vontade de escrever acaba sempre por voltar. A vontade de partilhar mais um pouco de mim. Mais que não seja, para assentar certos pensamentos em palavras e ver o ridículo que eles são. Existem coisas que só mesmo assim: É preciso vê-las de outra perspectiva para perceber o quão insignificantes são. Ou lunáticas. Surreais. Pode ser mesmo que esta seja uma forma de me manter são. Escrever parvoíces. Por isso, e de forma mais ou menos descontínua, por aqui vou ficando.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Vai-se vendo

Aparições fantasmagóricas e esporádicas. Noticias avulsas, absurdas ou não, que tardam em aparecer. Nada em concreto e várias coisas que perturbam. Medos depressa desfeitos, mas que deixam dúvidas. Tempo pequeno para vidas cheias. Anda por aí, dizem.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Água no buraco

E que bom é, dois dias depois de uma óptima surfada, ainda estar meio surdo, porque um ouvido resolveu que está farto de levar com água e está na hora de ir ver o que se está a passar com ele. Humpf... Mas não sem antes ir dar outra surfada! Hoje. De tampões nos ouvidos, claro! O problema é que eles têm tendência para saltar fora, assim que levo com a primeira onda na cabeça... Ou são os tampões que são demasiado pequenos ou eu devo ter uns buracos das orelhas assim para o escancarado. Enfim, o que fôr será. Mas lá que vou para dentro de água hoje, isso vou!

quinta-feira, outubro 04, 2007

Desmistificação

Quem ri por último... é de compreensão lenta.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Nem eu sei

É estranho, sentir esta dormência que me impede de escrever. Que me impede de mostrar o que sinto. Que me prende neste seu abraço dolente e faz com que me arraste nas ideias ao ser confrontado com a perspectiva de espalhar palavras. Palavras de que tanto gostava. De que tanto gosto. Palavras que não sendo escritas estão apesar disso a ser sentidas. Ou por outra, os sentimentos não têm palavras. Não as pedem. Precisam delas, mas não fazem delas a sua razão de ser. A razão de um ser. Um ser. Talvez tudo se resuma a um ser. A um estar diferente que tudo passa para segundo plano. Estou lá, mas passo ao lado. Toco, mas não me deixo tocar. E vou andando, sorrindo, falando, espreitando as vidas que correm a meu lado. Mas sempre sem lá estar. O que quer que isto queira dizer.