Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

sábado, fevereiro 24, 2007

Abandono

Um sentir. Estalo breve. Marcas-me mais do que poderia supor. Um abandono. Uma ausência. É o turbilhão que não sai. Revolutear sem conseguir exprimir. Lampejos de um brilho que era. Fugaz. A espaços renova. A vontade de largar. Sempre a luta. Impotente para travar o derrame. Estico o dedo, mas não estás. Ainda agora estavas. Memória. Reflexo. Troca. Falta de estímulo. Não consigo. Tu não vês. O eco em surdina. Ficou escrito. Florescia. Definha. Tarda em acabar. Persiste. Pequenos momentos de lucidez. Horas soltas. Ar espesso. Sei o caminho. Não é a minha escolha.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Finger Sk8

Nunca tive grande jeito para andar de skate. Quando era mais pequeno, os skates pareciam uns bacalhaus, muito estreitinhos e com um dos lados da tábua levantado. Quem, como eu, não tinha grande jeito para a coisa, o mais que fazia era descer a rua sentado no dito skate. E mesmo assim o risco de queda era elevadíssimo. Só agora, depois dos trinta, é que consegui finalmente andar em pé num skate e tentar uma manobra. Eu disse bem. Uma manobra. E foi só tentar, porque o skate mal sai do chão quando tento fazer um ollie (saltar com o skate) e quem quase voa sou eu. Entretanto, apareceram uns artistas, que arranjaram um desporto dentro do género, mas um pouco mais seguro:


Incrível, as coisas que se pode fazer com os dedos e um bocado de plástico! Vai daí, o Sr. Chalana, que acha, e bem, que eu não tenho jeito nenhum para o skate, resolveu presentear-me com um destes brinquedos. Já domino facilmente uma caixa de chocolates em tail slide (não sei bem se é mesmo este o nome da manobra, mas como no surf é... siga), sem medo de cair e agora o máximo que me pode acontecer é esfolar os dedos! Ou isso, ou partir qualquer coisa cá por casa, quando o mini-skate sai disparado! Quem sabe, eu não sou um futuro campeão de fingerskating, em potencial...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Estou a ser perseguido

Primeiro foi a história de ser obrigado a transitar para o novo modelo do blogger. Agora, que a escrita até anda em modo slow motion, saiem
-se com esta: O meu blog tem características de spam blog.Vai daí, toca de me imporem uma word verification, cada vez que quero publicar algo no meu espaço:Ok. Se ter as características de um spam blog é ter um blog em que o que está escrito não diz nada de útil, só serve para ocupar espaço e tem links para sítios duvidosos, então até concordo com eles. O meu enquadra-se nessa categoria. Agora, dizer que o meu blog mais parece ter sido escrito por um programa automático qualquer, que debita palavras e links ao acaso e por vezes nos leva a fazer dowloads de programas marotos, isso já me parece extremamente ofensivo. Ou isso, ou isto é um sinal de que o melhor é tratar de arrumar as botas, que o desporto já acabou para mim. Entretanto, já enviei um mail para os senhores, a dizer que "não senhor, não sou um programa automático que tem como objectivo chatear a cabeça ao pessoal" e que "agradeço o favor de me deixarem aceder ao meu blog sem qualquer tipo de entraves". Vamos ver se cola.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

´tadinho do bacalhau

Dia dos Namorados quentinho e ensolarado, ontem. Para iniciar os festejos deste primeiro Dia dos Namorados a três, nada como uma boa aula de preparação para o parto. Ele foi respirações ofegantes, respirações ritmadas, respirações cantadas (para quem não sabe: o Frère Jacques cantado em 78 rotações. E sim, eu sei que estou a ficar velho e que já existe muita gente que não sabe do que estou a falar, quando falo em 78 rotações) , as mais variadas posições, que íam da normal, de barriga para cima, até à mais audaz, de gatas, contracções, descontracções e muitas explicações, rabos dormentes e os casalinhos todos muito arrumadinhos, cada qual no seu colchão. Depois desta sessão de grupo, rumámos à a casa do bacalhau, para um jantar tardio na companhia dos sogritos. Sim, eles são porreiros. E sim, desde que me lembro, que vamos sempre jantar com companhia no Dia dos Namorados. Dia dos Namorados. Podem ser mais que dois ou não? Há dois anos, eramos seis e divertimo-nos bastante. Pelo menos neste ponto, contrariamos as regras deste dia. Adiante. a casa do bacalhau. Que dizer sobre este restaurante, com nome só com letras minúsculas? Descobri há alguns anos que, contrariamente ao que julgava, eu até gosto bastante de bacalhau (excepção feita ao cozido). Ía(mos) com grandes expectativas. Ainda para mais, porque aqui, aqui e, sei lá, aqui, só pareciam ter bem a dizer. O espaço é bonito. Mas não foi nem sequer remotamente bonito, ficar meia hora sentados à mesa, sem nos darem qualquer tipo de atenção. Tudo bem, o restaurante estava praticamente cheio. Mas, nem menu para irmos escolhendo, nem entradas, nem bebidas, nem uma tímida desculpa pela demora ou um simples "atendo-os já", resumindo, parecia que estava ali ninguém. Finalmente resolvem trazer-nos a lista. Deixam-na e quase quinze minutos depois, vêm então acentar os nossos pedidos. Pedidos feitos, mais uns dez minutos até que tragam parte das entradas e outros dez até que tragam o vinho e a água (a carta de vinhos é grande, mas com preços muitíssimo inflaccionados). Os pratos chegam à nossa mesa, uma hora e quarenta minutos depois de nos sentarmos. E dez minutos antes deles, chegam os pastéis de bacalhau, a outra entrada, que segundo eles estavam a fritar. Muito bem. Estariam a fritar. Mas quando acabaram de ser fritos, porque é que primeiro foram servidas mesas que foram ocupadas quase uma hora depois da nossa? E a juntar a isto, os pratos que comemos, bacalhau com broa e bacalhau com pasta de azeitona (que fé que eu depositava neste!), não passavam do razoável. O serviço foi péssimo, sem nunca ter havido qualquer gesto de simpatia e chegando quase a roçar o grosseiro, e a comida não estava nada de especial. Talvez ontem tenha sido um dia mau. Mas, se não têm capacidade para servir tanta gente, o melhor será não aceitarem tantas reservas. Pois, eu fiz reserva e ontem só funcionou nesse pressuposto. Logo, as desculpas ainda são menos. Pela parte que nos toca, perderam quatro clientes.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Dia dos Namorados

Este é um post muito querido, onde os corações e passarinhos abundam, escrito com intenções queridas, o mel escorre de tal forma que o risco de ficar com diabetes é inominável, cheio de sentimentos queridos, as lágrimas assomam aos olhos tantas vezes ao longo do texto que temo poderem provocar conjuntivite, só com palavras queridas, os arrepios na nuca são tão constantes que existe o risco de constipação... Ah, não? Hum, pois é. É que o Dia dos Namorados é quando o homem/mulher quiser e não quando alguém que se lembrou de facturar mais uns cobres decidir. O dia de hoje é apenas mais um dia devotado ao consumismo e com muito pouco sentir, na maioria dos casos. Não espero por este dia para dizer o que sinto a quem amo, nem para lhe deixar bilhetinhos carinhosos ou para lhe dar um presente. Uma relação é uma conquista diária e se fosse estar à espera deste dia para demostrar o que sinto... Mas pelo sim, pelo não, hoje vamos jantar fora!

domingo, fevereiro 11, 2007

Diga: 33

Que coisa mais parva para se dizer, aquela ali em cima. Nem sei bem que espécie de lenga-lenga é. Mas o que é que os médicos esperam ao mandar dizer aquilo (se bem que, nunca nenhum me pediu para o dizer)? Que a pessoa enrole a língua e os encha de gafanhotos? E ao dizer aquilo, lembro-me também de "33, diga lá outra vez". Mas isto, acho que era mais "1,2,3, diga lá outra vez". Hum, mas aqui começamos a entrar em terrenos pantanosos que envolvem apresentadores. É melhor nem ir por aí. Fico-me pelo 33. Idade já de homem. Esqueceram-se foi de me dizer que, quando se chega cá, nem por isso se tem a noção que já se é crescido. Se calhar não é obrigatório. Se é, desculpem lá mas não sabia e nem quero saber. Quando me sentir a envelhecer, eu aviso.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Nítido

Palavras secas. Sons ásperos que agridem pelo que não dizem. Batem e voltam a bater. Nada quebra a barreira que se ergue. Falo sozinho. Tenho pelo menos o prazer de me ouvir falar. Nada digo. Eu sei. Flutuo entre ideias que me são queridas. Movimento. Ver com olhos que apenas sentem. Sentir é ver. Fechar os olhos. Deixar que o som me toque. Sob os dedos o conhecimento. Estímulo diferente que me desperta. Estar ausente. Vida que corre em paralelo. Gestos que desconheces. Enquanto sorris. Quando saboreias o ar cortante de mais uma manhã. Nos passos que não aquecem as pernas que o vento gela. Ao ouvires um ramo que se quebra. Aqui não existe um espelho. Apenas um livro. Páginas de mim. Folhas em branco. Rascunhos que são ou não chegam a ser. Nada é real. Tudo dói. E passa o tempo. Corre água. Cresce. Sem sentido. Parado. Atrás do que não foi.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

A malta quer é calor

Ai, ai... Que saudadinhas de um dia de sol quentinho......e de cenas típicas portuguesas: Nazaré no seu melhor.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Relatório minoritário

A comissão que a este blog preside, vê-se mais uma vez forçada a intervir, em virtude de os resultados apresentados, nos meses recentes, não estarem de acordo com os mais nobres objectivos, traçados pela mesma. Senão vejamos:
  1. Nos meses de Outubro, Novembro , Dezembro e Janeiro, foram escritos 54 posts. Ora se no conjunto estes meses tiveram 123 dias, isto revela que a produção por parte do autor foi claramente fraquinha, não tendo sido realizado trabalho 56,0975% do tempo. Este tipo de atitude não se coaduna com os mais altos designíos da economia de mercado e revela uma fraca produtividade.
  2. Os poucos posts que têm sido realizados, são-no sem qualquer critério de espaçamento temporal, sendo efectuados por fases ou em grupos de dias, não proporcionando um acompanhamento fácil,regular e previsível.
  3. A qualidade dos posts encontra-se muito abaixo das expectativas, chegando, a maioria das vezes, a raiar a mais completa falta de imaginação, falando de assuntos sem interesse e que a maior reacção que podem provocar é o bocejo. Embora este facto seja recorrente, os anteriores níveis de produção acabavam por disfarçar esta falha, pois nem davam tempo a ninguém para pensar muito sobre o assunto.
  4. A incidência em temas relacionados com/sobre uma certa M. começam a atingir proporções exasperantes.
  5. Não tem existido uma dinâmica de comentário->resposta, que demonstre alguma atenção para com as poucas pessoas que ainda têm paciência para perder tempo a ler/ver os disparates do autor.
  6. As fotos, que por vezes aparecem, são de qualidade duvidosa.
  7. O design do blog está claramente ultrapassado. As cores do blog são repetitivas e dão-lhe um aspecto sonso. O tipo de letra está mais que visto. Não existe qualquer inovação que motive uma espreitadela.
  8. O autor tem pouco cabelo.
  9. Não gostamos da forma como o autor prime as teclas do computador.
  10. Não gostamos do autor.

Posto tudo isto, a nossa maior vontade é mudar de autor ou, em última instância, encerrar o blog. Como a pedido de uma família (a do autor) não é possível proceder ao encerramento do blog, continuamos à espera dos resultados do concurso realizado para a mudança de autor, concurso este que decorre há já cerca de um ano e quatro meses sem ter havido até ao momento qualquer candidato, na esperança que o rumo deste blog entre nos eixos, visto que o autor não entra. Pelos incómodos causados, apresentamos as nossas maiores desculpas.

Atentamente,

A Comissão Executiva

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Professor Martelo

Não consigo evitar. Hoje tenho mesmo que postar este vídeo:


Grande imitação de Ricardo Araújo Pereira. Parto-me a rir sempre que vejo isto. Simplesmente de ir às lágrimas.

sábado, fevereiro 03, 2007

Sob protesto

Pronto. Tantas voltas esta maltinha do blogger deu, que lá fizeram com que eu não tivesse outra saída que não mudar para a nova versão. Não sei o que fizeram, mas hoje, quando me registei, a única hipótese que tive para aceder ao meu blog foi proceder à migração do meu blog para o novo blogger/"google-açambarcação". Eu bem tentei fazer log out e novo log in e sei lá mais o quê, mas aparecia-me sempre a mesma página, que me obrigava a registar e criar, caso não tivesse, uma conta no google. "Epá! Eu estava sossegadinho aqui no meu canto, com o velho blogger e com os seus problemas e tal e não pedi nada a ninguém!". E prometeram-me que ficaria tudo igual e tal, mas, "cadê grande parte dos links dos últimos comentários, inclusive de pessoal que já tinha o novo sistema?" e "porque é que não consigo que apareça a foto do perfil das pessoas nos seus comentários?". Então não ficava tudo igual? "Porque é que não me deixaram ficar com o meu blog no sistema velhinho que eu não estava a chatear ninguém?". E mais, se quero que o blog permaneça com o aspecto actual, tipo o contador do tempo que falta para a M. nascer e outros pequenos pormenores, tenho que manter o template no modo clássico e não posso usufruir de certas funcionalidades novas. Ora se era para isto, "eu estava bem como estava!". Eles bem me andavam a melgar há uma data de tempo, a dizer que a nova versão estava concluída e que é muito melhor e tira cafés e lava a roupa e leva-nos ao colo para o trabalho, para ver se eu mudava. Como nunca quis, vai de passar para a força. Não acho nada bem. E tenho dito.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

"Extreme Makeover"

E eis que, de repente, uma cómoda em estado bruto e sem grande graça, que temos há muito tempo e que já teve uma série de utilizações diferentes, passa a um móvel engraçado para guardar coisitas da M.:Um pequeno passo para resolver o problema de onde arrumar roupinhas, mas um grande passo para o Dani, que desconhecia ser capaz de fazer tal coisa.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Batem leve, levemente...

Eu até poderia começar agora a falar de maneira estranha e fazer mais publicidade à PT (aí está ela). Mas, este "batem leve, levemente..." tem a ver é com a neve?!? que caiu no Domingo:Então isto é lá neve que se apresente? O máximo que consegui, foi tirar esta foto em que parece que estamos a ser bombardeados por meteoritos. Nada que se compare com a que caiu no ano passado e me deixou aos pulinhos feito tonto. A única coisa que foi igual este ano, é que eu e a Sónia estávamos na cozinha a comer. E talvez o problema tenha sido esse, pois se no ano passado estávamos a almoçar, este ano estávamos a tomar o pequeno-almoço. Pode ser que haja uma qualquer relação entre estes dois eventos... Aquele história do efeito borboleta... Mas lá que a neve deixou algum frio por cá, isso deixou. Hoje fui surfar e a brisa que se fazia sentir, enquanto vestia o fato, era tão fresquinha que "até os pêlos do cu batiam palmas". E nem sei bem o que isto quer dizer. Há malucos para tudo.