E que faz um tipo, quando chega à praia para mais uma aula da Sónia, e se apercebe que o mar afinal até está melhor que o que parecia na net?
- Recrimina-se pelo menos umas 50 vezes por não ter trazido a longboard, porque afinal até estão a dar umas.
- Dá voltinhas de frustração, ao olhar para o mar, enquanto a Sónia veste o fato.
- Enquanto caminham até ao local da aula, e já no local da aula, transforma o corpo num campo de batalha, ao matar à volta de 12.639,56 bichos, dos milhões que resolveram invadir a costa portuguesa.
- Contempla o aquecimento dos alunos, e pergunta-se como conseguem eles andar para ali a correr, de fato vestido, com o calor que se faz sentir.
- Enfia-se na água até aos joelhos, único local onde apenas é atacado por uma média de 3,6 bichos por segundo, contra os 67,8 da beira da água.
- Admira-se enormemente com a aparente imunidade aos bichos, demonstrada por uma interferência.

- Salva os chinelos, de uma súbita onda mais atrevida, que tencionava levá-los de férias, para outras paragens.
- Mata mais uns bichos.
- Lá consegue tirar uma foto à Sónia, segurando a máquina com uma mão no ar, para a salvar da água, enquanto com a outra vai batendo no corpo, para o salvar das picadas em massa.

- Vai-se roendo de remorsos, por ver as ondas perfeitinhas que vão rebentando, e ele fora de água.
- Troca estatísticas, sobre o número de mordidelas, com a fotógrafa de serviço da escola.
- Já em desespero de causa, assim que a Sónia sai de dentro de água, e apesar de não ter fato, pergunta ao professor se pode usar a prancha, e faz-se à água.
- Sai de dentro de água com uns quantos arranhões no peito, mas com um sorriso de todo o tamanho, embora um pouco arreganhado do frio.

- Leva na cabeça, por ter tirado mais fotos à interferência, que à aula.
- Desculpa-se com a distância, mar adentro, a que eles se encontravam. Não resulta.
- Vai entregar a prancha em passo de corrida, pois os insectos voltam ao ataque.
- Após mais umas centenas de picadelas, parte finalmente para o desejado almoço.