Como brilhantes figuras do
socialite que eu e a Sónia somos, não podíamos deixar de marcar presença em mais uma estreia de uma peça escrita por brasileiros.
O Submarino no Tivoli. Começa a parecer-me que depois dos dentistas no século XX, o Teatro é o achamento de Portugal pelos brasileiros, versão século XXI. Para começar o périplo lisboeta, um café, bebido numa das esplanadas da Avenida da Liberdade.

Já me tinha esquecido do agradável que é parar por aqui. Em seguida, tentativa número três de ir jantar ao restaurante vegetariano do Teatro D. Maria. E ainda não foi desta. "Cozinha fechada, hoje", disse-nos a empregada do bar, entre dois bafos no seu cigarro, arrastando a voz, como se tudo isto fosse muito incómodo. Claro que o dia de fecho do mesmo é à terça, mas isso não interessa nada. Solução? Voltar outro dia, ou talvez não, e ir jantar ao
Valentino, restaurante italiano, que apesar de estar enfiado numa zona turística, na rua do Regedor, ao pé dos Restauradores, é bastante bom, e com preços aceitáveis. Com a barriga a rebentar, depois do
carpaccio e das
pastas, e tropeçando um pouco devido à garrafa de
Vinha da Defesa ingerida, lá fomos então ter com os pais da Sónia, para ver a peça. À entrada, misturámo-nos rapidamente com todo o
jet-lag presente, e escapámos a custo dos
paparazzi, que tentaram por todos os meios conseguir uma foto nossa, para as suas magníficas revistas. Nuno Eiró, ainda nos tentou entrevistar para o Êxtase, mas tivémos que declinar, pois não queríamos as nossas caras embriagadas, chapadas na SIC. Depois de vários cumprimentos de circunstância a que estas ocasiões nos obrigam, conseguimos sentar-nos, e tem ínicio a peça. Blá blá blá, coisa e tal, e saisse o falabella com esta frase de separação: "Não te perdoo, ter chupado meu pau com toda essa má vontade!" Ups! A partir daí, a Teresa Guilherme, passa o resto da peça a tentar redimir-se desse facto. Apesar da peça ser engraçada, e relatar de uma forma bem humorada, os encontros e desencontros de duas pessoas que se amam, neste nosso mundo moderno, não deixa de soar a algo já visto. E devo confessar que os vapores etílicos foram mais fortes do que eu, e acabei por adormecer, nos 15 minutos finais, com a cabeça no ombro da Clara de Sousa. Talvez por me ter confundido com o Penim, ela acabou por me abanar, e ao acordar, verifiquei que era antes a Sónia a dizer-me que a peça tinha acabado. À saída, ainda tropeçámos no ave rara que é o Castelo Branco, mas como eu hoje tinha que me levantar cedo, não lhe demos trela. Fama, fama, a quanto obrigas!