Hum... Pois... Não foi a primeira vez que fui a um local destes. Nem sequer foi a última, de certeza. Necessidades. Mas, só de pensar em lá ir, para fazer o que fui fazer, deixa-me um pouco constrangido e a suar por todos os lados...
Fui com um colega meu. Entrámos. Havia uma espécie de sala de espera, onde se encontravam dois homens sentados, aguardando sei lá eu o quê, que nos deitaram um olhar meio de soslaio, embora compreensivo, enquanto folheavam avidamente as suas revistas. Atrás de um balcão algo discreto, estava um sujeito de bigode que nos questionou com um olhar, seguido de um "Boa tarde" monocórdico. Dissemos-lhe ao que vínhamos. Um ligeiro aceno de cabeça e fez-nos sinal para que o seguíssemos. O corredor por onde caminhamos tem um cheiro um pouco estranho. Acre. Depois de dizer a duas mulheres por quem passámos, qual o serviço para que ali estávamos, o "bigodes" deixa-nos numa sala com parca iluminação e umas cadeiras forradas com um tecido verde de gosto duvidoso. Entra uma senhora já com alguma idade e vestida de forma sugestiva. Pergunta-nos com um sorriso a bailar nos lábios, quem quer ser o primeiro. Já que estava ali para aquilo mesmo, digo que sou eu. As pernas fraquejam-me um pouco ao entrar para uma sala privada com ela. Gentilmente aponta-me a cama. Sento-me enquanto dispo a camisa e começo involuntariamente a suar e a ficar agitado. A senhora sorri-me e diz-me para relaxar. Passa-me a mão pelo braço, inclina-se um pouco, agarra-o com alguma força e... em menos de nada, já está! Injecção para a gripe no meu braço e posso sair dali para fora! E não doeu nada! Mas, aaaarrrrgghhhhh, como eu detesto agulhas...