Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

quarta-feira, julho 30, 2008

Batman, bate aqui neste gajo, se faz favor!

Tenho que me deixar desta história de ir comer sushi em regime de comaoquequiserereboleatécasa. É que eu não me consigo conter e como mesmo até quase rebolar! E depois o que fomos fazer? Ver o Batman. Eis um filme propenso a ter audiências barulhentas, tipo putos a mandar bocas parvas e a levantar-se constantemente, mas que eu queria mesmo ver. No entanto, surpresa, surpresa, neste caso, não houve nada disso!?! Ah, pois não. Foi bem pior. Calhou-me ao lado um armário, que é como quem diz "um tipo com 2 metros de altura por 2 metros de largura que se mexer o dedo mindinho com demasiada força na minha direcção me vira do avesso, com grandes probabilidades de haver fraturas expostas pelo meio", que devia estar acompanhado de uma tipa mesmo, mesmo burra. Sim, é que fora a burrice óbvia de estar na companhia daquele tipo (vai na volta até não é mau tipo, e tal, mas isso agora não vem ao caso), devia ter sérios problemas de compreensão. Ou será que estava com algum problema de visão? É que o sujeito, aka armário, fez o relato detalhado, pormenorizado, ao vivo e a cores, do filme inteiro! Xiça! Via-se uma moeda com duas faces iguais "olha, a moeda é igual dos dois lados", apareciam 10 bandidos "são 10 bandidos", via-se alguém a entrar numa emboscada "isto foi planeado pelo joker", alguém levava um tiro "o gajo levou um tiro", em conjunto com uma miríade de comentários e observações que faziam com que eu pensasse que estava a "ver" o filme pelo rádio, qual rádio-novela das antigas. "Oh Batman, quando tiveres aí uma folguinha, se fizesses favor, vinhas aqui explicar umas coisas a este tipo, ok?". Bom, pormenores à parte, o filme até não é mauzito de todo. Já tinha ouvido críticas a torto e a direito, mas embora não seja fenomenal e não tenha a magia de outros filmes do Batman, o filme até está engraçado. Fenomenal, fenomenal é o Joker criado pelo Heather Ledger. Até agora a personagem criada pelo Jack Nicholson era a referência, mas é completamente ofuscada por este Joker maníaco, opressivo e obscuro. Claramente o melhor do filme é este Joker dos infernos. Fica a marca de alguém, que mesmo assim não consegue limpar o que fez aos cowboys!

sexta-feira, julho 25, 2008

GQ Portugal Nº64 Julho/Agosto 2008

Embora me pareça um ensaio que fica à quem das expectativas, caso as únicas fotos sejam as publicadas (aqui ficam duas), eis Sónia Araújo...
Palavras para quê?

quinta-feira, julho 24, 2008

Banal

E as férias andam aí. Não as minhas! Mas elas andam aí. Basta sentir a ausência de tensão nas pessoas, os olhares menos carregados e, claro, ver muito menos gente nos transportes públicos e nas ruas. Definitivamente este mês e meio em que toda a gente ruma a outra paragens (nem que as outras paragens sejam a Costa da Caparica e a Linha) é um mês óptimo para se estar em Lisboa. Restaurantes sem gente aos molhos, cinemas com menos putos conversadores por metro quadrado, lugares para estacionar e menos, muito menos, buzinadelas em cada semáforo. Enfim, um bocadinho para respirar e viver a cidade sem tanto stress. E sim, isto é conversa de chacha, mas não estamos mesmo na silly season?

quarta-feira, julho 23, 2008

Convergir

Lentamente... Os dedos começam a desentorpecer... Como em tudo, há interesses que nos desviam por momentos. Depois de passada a euforia vem necessariamente o anti-clímax. Mas recordamos o quanto foi bom. O sentir desses tempos. Afogamo-nos no afluir súbito de emoções e naquele instante parece-nos que vai ser para sempre. Como num sonho, flutuamos. Mas eventualmente as nuvens acabam por aparecer. Luzes parecem brilhar noutros pontos. Pequenos insectos atraídos para o brilho. Assim vamos, deixando para trás o que era o centro do mundo ainda há pouco. No entanto, as marcas ficam. E quando não doem, acabam por nos trazer a saudade. A vontade de percorrer de novo caminhos já trilhados. Desta vez com outra atitude. Com um saber renovado. Talvez com menos expectativas, mas quase de certeza com mais capacidade para apreciar as pequenas coisas. Sem o tormento de agradar. Sem o medo que o próximo passo traga apenas um tropeço. E eis-me de volta a ti. Libertação efémera de pequenos nadas. Espelho do que sou, do que fui, do que finjo ser e do que nunca serei. Retrato que pinto em traços largos, que escondem a mínucia de uma vida. Foi assim o príncipio. Segue agora, apesar de uma morte anuncida.

terça-feira, julho 22, 2008

Às voltas

Que fazer quando damos voltas e voltas e nunca conseguimos dar aquele passinho final que nos faria voltar...