"Norma"

Dentro da onda do achamento de Portugal pelos brasileiros tivemos por esta ordem: As novelas, os dentistas, as/os empregados de balcão (neste caso, abrangendo várias categorias, com especial incidência nas empregadas...) e agora as peças de Teatro. Aproveitando uma estreia gentilmente patrocinada pela revista Lux, lá fui eu tomar mais uma vez contacto com o que se faz no país "irmão". Para não perder a prática de conduzir em Lisboa, fiz uso de todas as minhas faculdades automobilísticas em mais uma corrida de obstáculos até ao Tivoli. Resultado: 4 sinais vermelhos e dois traços contínuos depois, lá estacionei o carro nos lugares reservados para os táxis. Conseguimos chegar a tempo o que já não é mau! Carros de reportagem à porta e logo pensei que me tinha saído o Euromilhões e não sabia. Afinal era só para as entrevistas do costume nestas estreias. Lá dentro algo de estranho. Nada do "jet-lag" habitual nestas ocasiões!?! Apenas alguns "vips"? brazucas que eu não conheço de lado nenhum (se calhar tenho que ler mais vezes a Lux/Caras/etc). Com uma rosa e um cravo na mão (publicidade a uma novela que os protagonistas estão a gravar no Brasil), que aceitei para oferecer à minha mais que tudo, entrámos na sala. A peça foi até bastante agradável, tocando em questões sensíveis como homossexualidade, amor entre pessoas de gerações diferentes e por aí. Não sei se devido à madrugada anterior ou à aula de natação, ouvi mais do que vi, os últimos 10 minutos. Sorte que não ressonei e como o pessoal começou a aplaudir antes das luzes acenderem pude esfregar discretamente os olhos. Levantei-me e aplaudi como se nada se tivesse passado. De qualquer forma foi bom ver uma peça brasileira que não caiu na facilidade das asneiradas, para arrancar algumas gargalhadas ao público. À saída conseguimos não ser entrevistados pela TVI por um triz! E, para grande contentamento nosso, o carro não tinha sido multado,bloquedo ou rebocado!