Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

sábado, outubro 15, 2005

Périplo pelo BA

Preparámos a barriga para a árdua tarefa, num dos inúmeros pequenos restaurantes do Bairro Alto e lá fomos nós recolher o nosso exemplar de Harry Potter. Após uns poucos minutos de espera, abriram-nos as portas do Chiado, franqueando-nos a entrada para este templo do consumo. Logo ao entrar, fomos avisados por dois seguranças, que deveríamos dirigir-nos directamente para a Fnac, não podendo ir para as lojas. Ainda bem que eles avisaram, pois toda a gente sabe a tentação que é passear num centro comercial mergulhado na obscuridade! Ao entrarmos na Fnac, perdemos a Sónia na fila dos impacientes que reservaram o livro pela net. Fintámos a pouco numerosa multidão que se aglomerava no auditório para ver o último filme de Harry, e mergulhámos na cave desértica. Aí, com um grito triunfal seguido de uma qualquer dança tribal da África Subsariana, a Marta subtraiu de um ainda intocado expositor, o primeiro livro da noite! Ao mesmo tempo, o Tiago simulava uma qualquer cena de Matrix, correndo em câmera lenta com direito a vocalizações distorcidas e tudo, numa tentativa infrutífera de ser ele o primeiro! Após resolvermos um pequeno equívoco, em que eu procurava a versão em Francês de Astérix e um senhor me apontava a versão em Inglês de Harry Potter, lá fomos para a caixa recuperar o elemento perdido. Saímos em direcção ao Bairro Alto, elas sorridentes com os seus Harrys, o Tiago suplicando à Marta que lhe transportasse o Paul Auster na mala e eu de mãos a abanar pois a dita versão francesa ainda não está disponível! Mais acima, sou confrontado com a nova (ou já não tão nova...) versão da noite lisboeta: Visitas de estudo em massa! (Mas não, afinal estão aqui a dizer-me que não, não são visitas de estudo! Agora a fauna noctívaga é constituída maioritariamente por uma faixa etária que vai dos 11 aos 16!!). Felizmente, no meio de tantos bares que fecham ou mudam ao sabor da última moda, damos de caras com o Clandestino, com o charme das suas paredes rabiscadas e do seu serviço personalizado. Um dos últimos sobreviventes do Bairro Alto de que eu me habituei a gostar. Reconfortados com este aconchego mental, lá bebemos uma cervejita e partimos com destino aos braços de Morpheu. Depois deste pequeno passeio, não consigo deixar de pensar que devo estar a começar a ficar velho. Ou então a idade de sair cada vez mais nova! Com a idade desta gente, noites ainda não eram bem a minha onda... e mesmo que fossem, lá estavam os papás para me redireccionar... :)

1 Dicas:

  • A 16/10/05 23:52, Blogger virilão deu esta dica…

    deixa lá..agora tens noites com fartura, e assim como assim não podes beber com muita regularidade... quanto ao livro do asterisco... quem fica a perder são eles!

     

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