De manhã pela cidade

Hoje aproveitei a conjugação de entrar um pouco mais tarde com o ter que ir levar a Mafalda à escola, para ir um pouco mais cedo para o trabalho e fazer uma caminhada por Lisboa. E é sempre com uma ligeira surpresa que dou por mim, uma e outra vez, a redescobrir que Lisboa é uma aldeia, fora das suas artérias mais movimentadas, que continua a proporcionar um sossego difícil de imaginar numa grande cidade. Que saudades eu tenho de aqui morar...

Manhã de inverno

Tudo calmo aqui por casa. A piolha fora com os meus pais. A Sónia ainda a dormir e eu aqui sentado, sozinho no sofá. Lá fora mais um dia cinzento e tristonho de inverno. Demasiado molhado para me permitir ir fazer uma caminhada, demasiado vento para que o mar esteja em condições para uma pequena surfada. Vou ficando por aqui, espreitando uma ou outra notícia, aproveitando para pôr em dia mais uma leitura ou mais um dos muitos episódios de várias das séries que sigo. Já sinto falta do sol e de sentir a água nas mãos, enquanto remo para fora, em mais um momento de liberdade no mar. A falta que sinto do mar... Por vezes até me esqueço, com toda a confusão e afazeres do dia-a-dia. Mas onde realmente me sinto feliz é junto ao mar.

Uma nova vida

E uma nova vida começa a desenhar-se. Hoje foi dia de fazer a ECO das doze semanas. Ver um minúsculo bebé, com apenas 5 centímetros, já com pés e mãos e a mexer-se, é uma sensação indescritível. Difícil explicar o turbilhão de sentimentos que nos assalta. Já não é o primeiro filho, com todas as consequentes dúvidas e receios que o desconhecido traz, mas a sensação de novidade, e de que mais uma vez nada sabemos sobre o que nos espera, é avassaladora. Novas perguntas, novos temores, novas felicidades, tudo temperado pela curiosidade e alegria espontâneas da Mafalda, que mal pode esperar por ter a mana cá fora. Agora, falta-me despertar da minha latência, para ser capaz de voltar a escrever e deixar aqui o meu sentir em relação a esta nova etapa da minha vida. Vamos ver.