Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

quarta-feira, maio 31, 2006

Um grande nada

Vazio. Apenas um grande vazio, o que sinto dentro de mim. Abro os olhos, mas tudo me parece um pouco turvo. "Secos, estão secos", penso eu. Então porque sinto a face molhada? Chorar. É então isto chorar. Cada lágrima fere-me, como se lava escorresse dos meus olhos. Estou demasiado confuso. As tuas palavras ainda ecoam dentro da minha cabeça. Ensurdecem-me, com o seu significado. Tento mover-me. Apetece-me abanar-te, até que digas o porquê. "PORQUÊ?", grito repetidas vezes para a parede à minha frente. Nada. A parede não tem respostas. A dormência que me consome, não me deixa sequer procurar conforto na bebida. Puxo os joelhos para o peito, e mordo os lábios. Tento impedir as perguntas de se formarem. Talvez se me esbofeteasse, conseguisse ganhar alguma lucidez. Escurece no meu quarto. Não é noite ainda. Apenas as lágrimas aumentaram de intensidade. Cravo as unhas na palma da mão, para impedir que a minha mente divague. Se a deixar, inventará mil respostas. Uma mais dolorosa que a outra. Não preciso dessa dor. Porquê? Porquê? Palavra que se repete até à exaustão. Talvez nem tu o saibas. E que sei eu afinal? Onde falhei? Não consigo pensar. Quero bater, esmurrar, gritar, voltar atrás no tempo e não ter que viver este dia. Dói demais. Onde está a doce felicidade que julgava adquirida? Afundo-me. Tudo é negro. Apaguem-me. Recolho-me no meu regaço, para lamber as feridas, e talvez um dia, voltar a olhar o sol.

Para o criptógrafo

terça-feira, maio 30, 2006

Insectos, aula e raspanete

E que faz um tipo, quando chega à praia para mais uma aula da Sónia, e se apercebe que o mar afinal até está melhor que o que parecia na net?

- Recrimina-se pelo menos umas 50 vezes por não ter trazido a longboard, porque afinal até estão a dar umas.
- Dá voltinhas de frustração, ao olhar para o mar, enquanto a Sónia veste o fato.
- Enquanto caminham até ao local da aula, e já no local da aula, transforma o corpo num campo de batalha, ao matar à volta de 12.639,56 bichos, dos milhões que resolveram invadir a costa portuguesa.
- Contempla o aquecimento dos alunos, e pergunta-se como conseguem eles andar para ali a correr, de fato vestido, com o calor que se faz sentir.
- Enfia-se na água até aos joelhos, único local onde apenas é atacado por uma média de 3,6 bichos por segundo, contra os 67,8 da beira da água.
- Admira-se enormemente com a aparente imunidade aos bichos, demonstrada por uma interferência.- Salva os chinelos, de uma súbita onda mais atrevida, que tencionava levá-los de férias, para outras paragens.
- Mata mais uns bichos.
- Lá consegue tirar uma foto à Sónia, segurando a máquina com uma mão no ar, para a salvar da água, enquanto com a outra vai batendo no corpo, para o salvar das picadas em massa.- Vai-se roendo de remorsos, por ver as ondas perfeitinhas que vão rebentando, e ele fora de água.
- Troca estatísticas, sobre o número de mordidelas, com a fotógrafa de serviço da escola.
- Já em desespero de causa, assim que a Sónia sai de dentro de água, e apesar de não ter fato, pergunta ao professor se pode usar a prancha, e faz-se à água.
- Sai de dentro de água com uns quantos arranhões no peito, mas com um sorriso de todo o tamanho, embora um pouco arreganhado do frio.- Leva na cabeça, por ter tirado mais fotos à interferência, que à aula.
- Desculpa-se com a distância, mar adentro, a que eles se encontravam. Não resulta.
- Vai entregar a prancha em passo de corrida, pois os insectos voltam ao ataque.
- Após mais umas centenas de picadelas, parte finalmente para o desejado almoço.

segunda-feira, maio 29, 2006

Perigo para a carteira

Deixar dois livró-dependentes à solta, na Feira do Livro, num final de tarde de Sábado.

sábado, maio 27, 2006

As ancas, as ancas...

Dizer que esta senhora é só ancas, é extremamente redutor. Ela também consegue mexer o torso de uma forma absolutamente divinal! Sim, é verdade. Esta senhora troca-me os olhos cada vez que começa a dançar. Ela até nem é especialmente bonita, mas aqueles movimentos... Como diria um colega meu, após a ter ido ver actuar, no ano passado: "Cada música dela é um table dance". Ora, e aqui, fico eu surpreendido: "Ai ela canta? Nunca tinha reparado!". Sou facilmente hipnotizável. E aquelas ancas funcionam melhor que um relógio a pendular. Sou um fã confesso daqueles movimentos, quer de ancas, quer do resto do corpo, que deveriam ter direito a marca registada. E não sou o único. Basta entrar, por exemplo, num sítio onde esteja a passar o vídeo da música dela com o Alejandro Sanz, para ver a quantidade de baba que escorre do canto da boca dos homens, que olham hipnotizados para a televisão. E pensar que a explosão do seu sucesso se deu, quando ela revelou ao mundo que era portuguesa, mais concretamente, algarvia, com aquela sua música: "Loulé... Loulé... Loulé...". Dá-lhe moça!

sexta-feira, maio 26, 2006

Ainda os chupas

Para mostrar que eu não sou assim tão anti-chupadelas, e que até mando uma chupa de vez em quando, hoje, além do pão, comprei também um chupa. E da Chupa Chups, para ver qual era o prazer! O prazer começou logo mal, porque no meio daquela salganhada toda que era a caixa dos chupas (daquelas que parecem um arbusto que dá chupas), não havia o sabor que mais gosto: Chocolate e Banana. Aquele que depois de desembrulhado, é castanho e amarelo. "Então, qual vai ser?", perguntou a
senhora da loja, "Sei lá! Olhe, pode ser aquele de morango.", respondi eu fazendo de conta que o dito não era para mim. Acho que não resultou lá muito bem, pois ela fez um risinho idiota quando me o deu. Pior para ela, que também não a deixei chupar no meu! Chupa de morango na mão, e aí vou eu todo contente para casa, a ver se mando a chupa às escondidas. Sim, que eu sou um bocado tímido, e tal como o Mestre Mixtu me confidenciava ontem, também eu me sinto um pouco constrangido a chupar em público. As distorções que a sociedade nos impõe... Depois de uma pequena luta com o raio do papel que embrulha o chupa (cheguei a pensar que era necessário um abre-latas, para o retirar! Para miúdos o tanas! Aquilo é para escanções profissionais!), lá pude saborear o dito chupa. Não sei se da falta de treino, se da espectativa em excesso, além de me ter babado umas quantas vezes, ainda fiquei com o céu da boca dorido. Terei chupado com demasiada sofreguidão? Bom, depois disto tudo, lá perdoei um bocadinho à mocita que diz que chupar é um prazer. Não é que aquilo é mesmo bom!? Quase me apeteceu começar a cantar: "As saudades que eu já tinha... ". E já agora, e apesar de já ter algumas respostas expontâneas: Qual o sabor que mais gostam?

quinta-feira, maio 25, 2006

Terei lido bem?











De um cartaz publicitário, esta senhora olha para mim, com olhos de carneiro mal-morto (sim, porque aquilo não é lânguido, nem provocador, nem vagamente divertido...), tendo escrita por baixo da sua foto a frase: O prazer de chupar... O prazer de chupar? Mau, queres ver que fiquei com dislexia visual permanente, depois daquela história da Ivete?! Vou ler outra vez: O...pra...zer...de...chu...par. Não, está mesmo tudo lá. Acompanhado por uma foto de uma rapariga a chupar um objecto! Isto não é um convite a qualquer coisa? Talvez não, talvez não. Pode ter sido o meu cérebro que ainda não ligou.

quarta-feira, maio 24, 2006

Neura pré-laboral

O dia começou à pouco. Estranho, apesar de ter o resto do dia à minha frente até chegar a hora de ir trabalhar, já me sinto condicionado pelo simples facto de o ir fazer de noite. Uma espécie de inquietação, que me deixa desconfortável e me impede de desfrutar deste tempo livre. Estúpida sensação esta. É como estar a preocupar-me com um problema, sem ele ter acontecido ainda. Se me deixar levar por esta dormência, sou capaz de estar o dia todo em casa, sem fazer nada de produtivo, andando para trás e para a frente, sentando-me no sofá para logo de seguida me levantar. Até o livro em que pego, não é suficiente para me prender a atenção. Pareço uma fera enjaulada. Ou então é o contrário e secumbo a uma inércia, que me deixa prostrado todo o dia. Mas hoje, não vou deixar que o torpor leve a melhor. E nada melhor que uma ida até à praia, para limpar todas as más ondas. Até já, neura.

terça-feira, maio 23, 2006

Fantasmas

Giro, giro, é ir cerca das 10 da noite à varanda apanhar o fato (isotérmico) que está pendurado no estendal, ver que várias pessoas olham para nós com um ar curioso, e só então reparar que além da t-shirt, só temos vestidos uns boxers, com fantasmas, que fluorescem vagamente na semi-obscuridade...

segunda-feira, maio 22, 2006

O que se passa aqui?

Aquele tipo que costuma escrever aqui, está de castigo. Aproveitou a ausência desta comissão, para expor neste espaço de carácter bucólico, opiniões e estados de alma, que nada têm a ver com os objectivos que foram estabelecidos, quando foi contratado. Não se pode estar dois dias seguidos sem controlar este espaço, que isto não descambe logo. Um esforço de tanto tempo, quase posto na ruína, pelos actos impensados de sua excelência o pseudo-escritor. Como já tinha sido avisado, muitas e repetidas vezes, que haveria sanções, caso este tipo de atitudes irreflectidas se repetissem, não nos resta senão passar a aplicar o previsto no regulamento interno, para estas situações: Sem sobremesa durante uma semana, proibição total e absoluta de postar hoje, proibido também de ver hoje um episódio do CSI, e obrigado a escrever 100 vezes "não volto a escrever nada que os meus mestres e senhores não aprovem", numa t-shirt, que vai ter que levar a um qualquer evento do socialite. Posto isto, esperamos continuar a servi-los da melhor forma, e desejamos a todos, um excelente resto de dia.

P´la Comissão Executiva

sábado, maio 20, 2006

Sem dor

Para ti que procuras respostas onde não as há. Que sentes derrota num mundo que não te foi simpático. Que não apontas o dedo, mas ofereces um olhar acusador. Que temes, embora não o saibas. A ti, a quem as mudanças da maré não trouxeram esperança. O céu que te cobre, enegrece, túrgido de mágoa. Apenas um passo, e tudo parecerá perdido. Será sempre assim? Talvez as respostas não sejam necessárias. Apesar dos medos, não resistir. Tentar, e descobrir que afinal é possível, que a felicidade existe. No despertar de um sorriso. Numa carícia que é oferecida. E saber no final, que debaixo dos espinhos, a beleza tenta florescer.

sexta-feira, maio 19, 2006

Calma aparente

Tenho à minha frente um cursor que pisca. Pergunta-me o que fazer a seguir. Como se eu tivesse as respostas... O que escrevo não satisfaz dúvidas. Quando muito, aumenta-as. É apenas mais um capricho. Uma espécie de narcisismo. Eu escrevo, e se eu gosto, então mais alguém há-de gostar. Meras ilusões que alimentam o desejo. E quando eu não gosto? Quando apago compulsivamente tudo o que escrevo? As palavras estão fora do sítio. Não é bem isto que quero dizer. Esta forma de exteriorizar, nem sempre satisfaz. Dói. Muitas vezes dói. Deitar num algomerado de letras, sentimentos confusos, ideias soltas. Que estranha forma de comunicar. Deixar que os dedos tenham vida própria. Que as palavras tomem conta de si mesmas. Já não estou aos comandos. O que é escrito, flui incontrolavelmente. Brota de mim numa torrente de palavras que se juntam para deixar escapar emoções. Gritos que não dei. Carícias que podia ter dado. Os porquês assaltam-me, avassaladores. Acumular um mundo de talvez, não ajuda. Está feito. Correr com um sorriso nos lábios pode ser uma solução. Tomo consciência de mim. E é neste momento que tudo pára. De novo ganho controlo sobre o que escrevo. Mais uma vez surge o filtro imposto pela consciência. Já nada é expontâneo. Fica uma vaga sensação amarga na boca. Como se após provar o que me satisfaz, descobrisse no seu interior uma desilusão. Nem sempre posso vogar fora de mim. Não posso ser sempre um sonhador. Mas tento resistir, neste breves momentos, contra as normas que me são impostas. É um escape. Uma forma de me manter são. Um curto prazer que me proporciono. Talvez, mais um passo para ser feliz.

quinta-feira, maio 18, 2006

Ilusão hipnótica

Quem não viu já este anúncio (ou algo semelhante), pespegado por esses outdoors de Portugal a fora. Até aqui tudo bem. O problema foi que um belo dia, ao passarmos junto de um destes cartazes, a Sónia se virou para mim, e disse: "Não sei porquê, mas ao príncipio, sempre que olhava para este anúncio, lia: Leve na Boca!". Risota total, logo no momento. O grande se para mim a partir daí, é que não sei se por sugestão, por piada, por ver o cartaz de relance, ou sei lá o quê, agora sempre que vejo o anúncio, não consigo evitar ler: Leve na Boca!

quarta-feira, maio 17, 2006

Exposição, de forma pungente, do desagrado que sinto por me encontrar nesta situação, que a não existir, permitiria um melhor usufruto do bom tempo

Estou farto de estar constipado.

terça-feira, maio 16, 2006

A Este do Parque

.Há quem diga que fiquei parecido. É questionável.

Para quem ainda não conhecer, quiser experimentar e não souber como, é só clicar aqui.

segunda-feira, maio 15, 2006

O horror! O medo! A infâmia!

Notícia de última hora, quase em segunda mão! No passado Domingo, este rapaz espalhou o pânico, durante largos minutos, junto de quem visitava o Mosteiro dos Jerónimos. Foi visto vaguendo pelos claustros, assustando incautos turistas, que eram apanhados desprevenidos pela sua aparição súbita. As suas vítimas preferidas eram, maioritariamente, posantes para fotos, que ficavam de tal modo perturbados, que iniciavam um convulsante ataque de riso, capaz de provocar engasgos, e quiça, um pequeno pingo nas cuecas. Apesar dos esforços, não se sabe até ao momento, quais as suas motivações. Fontes mais ou menos fidedignas, dizem tê-lo visto, minutos antes, junto ao recinto onde decorria o campeonato regional de PaintBall, recolhendo algumas bolas não rebentadas do chão, na companhia de mais dois indivíduos, tendo depois
iniciado, na companhia dos mesmos, um verdadeiro atentado contra os passeios, na tentativa, muitas vezes infrutífera, de rebentar as ditas bolas. Terá sido a frustração de não conseguir rebentar as ditas bolas de tinta, a desencadear os eventos subsequentes? Foi visto momentos depois, na entrada do Mosteiro, tentando fazer-se passar por guia turístico. Na falta do tradicional chapéu de chuva, estava munido de um casaco de criança, que não parece ter surtido o efeito desejado, dado que até mesmo quem o acompanhava, optou nesse momento por desaparecer de fininho. Nem sequer as suas demonstrações dos vastos conhecimentos de Inglês e Francês, conseguiram convencer fosse quem fosse a segui-lo. Sendo que o máximo que obteve foi alguns olhares oblíquos. Talvez tenha sido a junção de todos estes reveses a originar a revolta neste pobre rapaz, que parece ter encontrado nos sustos seguintes, provocados ao inocente passante, uma descarga para o seu incómodo.
Houve ainda quem tentasse explicar o sucedido, com um qualquer fenómeno metereológico, que teve lugar nessa tarde. Tentaram culpar aquele estranho halo que se formava em redor do sol, como se o mesmo tivesse transformado o pobre rapaz, qual lobisomem sob os efeitos da lua cheia. Apesar de todas estas tentativas de explicar o que se passou, nenhuma se revelou conclusiva, e o rapaz conseguiu fugir sem deixar rasto. Terá também o Mosteiro dos Jerónimos o seu corcunda?

domingo, maio 14, 2006

As aparências...

Inacreditavelmente, e talvez em consequência do frio que apanhei ontem, enquanto realizava mais uma sessão fotográfica (desta vez, sem interferências de relevo), enterrado até aos joelhos em água gelada, no decorrer de mais uma aula da Sónia, eis-me de novo constipado. Logo agora que até está um calorzinho agradável! O que vale é que como não há grandes ondas por aí, pelo menos desta vez, não sofro tanto. Resta-me, para consolo, brincar com as recordações.

Algures a sul, a imagem da perfeição:Mas, nem tudo o que parece, é:Estas não davam para apanhar, a não ser de skimming. Mas lá que ficavam bem na fotografia, ficavam.
Mais uma recordação de um dos poucos paraísos (ainda) intactos.

sexta-feira, maio 12, 2006

Dani Cid

Depois de a Sónia e a Célia me terem azucrinado a cabeça, durante mais uma sessão de Buzz no Sábado, para que fizesse este teste e publicasse o resultado, eis chegado o momento de revelar:


Você é A Cabana
você é o típico melancólico, que gosta de pensar e repensar na vida. Romântico, adora cenários intimistas e pela-se pela doce amargura de um coração partido.

Na cabana
Junto à praia
Entre as dunas e os canaviais
Só o vento
E o mar
E as gaivotas
Falam desse amor


E pronto, contrariando uma qualquer tese que alguém defendia à uns dias na Comercial, de que ainda não tinha saído A Cabana a ninguém, aí vamos três! Só não percebo é porque raio é que este senhor agora anda na moda! Estará tudo com saudades de ouvir Favas com Chouriço? Tudo bem que ouvir esta música ao pequeno-almoço, em Gent, tinha a sua piada. Mas a partir daí, parou. É que para piada, basta uma vez.

quinta-feira, maio 11, 2006

Acto vagamente criminoso

Chegar a casa depois de um dia de trabalho, e como se está cheio de fome, devorar uma pilha de torradas, acompanhadas de leite com chocolate, em vez de fruta, cereais, iogurte ou algo que o valha.

quarta-feira, maio 10, 2006

Manutenção

Como o estimado autor deste blog, resolveu hoje pedir ajuda técnica para efectuar umas pequenas modificações, o resultado de grande parte do serão, foi que o material de trabalho tinha este aspecto:Já o técnico e o referido autor, estariam, talvez, com os cabelos no ar, e a dizer uns quantos palavrões. Desgraçado do técnico, que volta e meia tem que levar com este tipo. Como tal, dizemos nós, ficámos mais uma vez livres, nem que seja por um dia, do típicos humores variaveis do autor. Mas como amanhã será um novo dia, quase de certeza não teremos a mesma sorte.

P'la Comissão Executiva

terça-feira, maio 09, 2006

Problema de expressão

Hoje não me apetece tentar ser engraçado. Ou achar que o sou. Não me apetece tentar pôr por palavras o que não consigo dizer. Pôr por palavras. Algo que me sinto incapaz de fazer. Ainda e sempre. Algo que me dá gosto, quando a pessoa que o faz, consegue mexer comigo. Quando esse alguém me faz pensar, me faz sorrir, consegue extrair uma lágrima de mim. Como gostava de conseguir expressar sentimentos com palavras. Conseguir pôr alegria em cada frase. Conseguir emocionar-me da mesma forma que as palavras dos outros me emocionam. Sentir enquanto se lê. Ser provocado. Chegar onde julgava impossível. O prazer de ler. O quanto me é estranho ouvir alguém dizer que não gosta de ler. Talvez, não gostar de escrever me seja mais fácil aceitar. Não gostar de se expôr. Ter medo de errar ao tentar. Mas ler, não será como beber? Não será da mesma forma insaciável? Palavras. Capazes de provocar dor física. Capazes de magoar com a sua ausência. Quem escreve dá. Quem lê imagina. Dar ou tirar? Não posso escolher. Tento dar sem medo, mas sempre com receio. Deleito-me ao receber o que alguém me quis proporcionar. Como não consigo vencer as palavras, fujo do que tento dizer e refugio-me no que outros dizem melhor. Há sempre alguém que me faz voar. E existem dias como hoje, em que me apetece receber, e não, dar.

segunda-feira, maio 08, 2006

História lateral

Após a aula de S. terminar, D. e L. vestiram-se e foram surfar, pois a maré tinha vazado um pouco, e apresentava melhores condições que até aí. D. tinha deixado a 9' 2'' em casa, e trazia consigo a sua 7' 6'', que tinha acabado de vir de uns quantos consertos de que há muito precisava. Enquanto desciam as rochas cheias de limos do pontão para entrarem na água, D. diz para L.: "Tens que ter cuidado, que isto está a escorregar à brava, e um gajo cai em menos deeeeeeeeee... SLLIIIIIPP!!... TUUMP!!... AHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!!". L. vira-se para trás, e D. está de rabo sentado na rocha, acabadinho de cair. Felizmente, ao contrário de uma certa vez na Ericeira, mais precisamente nos Coxos, em que fracturou a cara em dois sítios, D. está apenas sentado, e a rir-se que nem um doido. Apenas a tal da 7' 6'' não se ficou a rir, pois têm um buraco novo, e apesar de ainda ter ido para a água nesse dia, amanhã volta para o estaleiro.

N.A.- 9'2''/7'6'' medidas de pranchas em pés e polegadas, neste caso, de uma longboard e de uma malibu, respectivamente.

domingo, maio 07, 2006

Paparuca, dia 2

Depois de umas férias em que o mar não deu grande azo para aulas particulares, e que serviram acima de tudo para descansar, eis chegado o momento da Sónia recomeçar a dar no duro. Desta vez pelo menos, já de fateco novo, e sem ter que vestir o fato ainda molhado, usado por alguém na véspera. Para começar, lá os obrigou o professor a fazer um aquecimento, que mais se assemelhava a uma espécie de treino militar. Ele era corridas, alongamentos, abdominais, saltinhos...Ou seja, mais ou menos parecido com o que (quase) todos os surfistas fazem antes de entrar dentro de água: Ir ver como está o mar-vestir o fato o mais depressa possível-rodar duas vezes os ombros enquanto se aguarda a vez para pôr protector na cara-correr para dentro de água. Entretanto, no decorrer desta minha reportagem fotográfica, o meu trabalho foi dificultado por várias interferências:Mas nunca deixei que tal influenciasse a qualidade do meu trabalho, distraíndo-me das razões por que estava ali, nem nunca deixei que a minha máquina tirasse mais que umas 4 fotografias destas interferências. Adiante. Treino de take-off (levantar em cima da prancha) em terra, e altura então de a Sónia ir para a água, tentar pôr em prática mais uma dose de ensinamentos.Enquanto a Sónia entrava dentro da água gelada, toda catita de fato novo, eu entrava dentro de água de calções, armado em repórter fotográfico, e tentando que as fotos não ficassem demasiado desfocadas com a distância a que eram tiradas, nem com as minhas tremuras. Tudo isto, enquanto tentava, também, que a água não me passasse do joelho e molhasse o telemóvel e chave do carro que estavam no bolso. Repórter sofre. Lá mais para dentro de água, a Sónia começava o seu desempenho.E a avaliar pelas demonstrações, cheira-me que com mais um esforço, em menos de nada temos surfista. Lá acabou a aula, a Sónia saiu de dentro de água quase de rastos, mas feliz, e eu sai para lá de enregelado. De qualquer forma, rapidamente aqueci (procedimento descrito mais acima), pois estava na minha vez de ir estampar um sorriso na cara!

E hoje é dia da Mãe. Mas as palavras são tão poucas para lhe dizer o que sinto, que vou apenas dar-lhe um enorme abraço quando chegar ao pé dela.

sexta-feira, maio 05, 2006

Quais são as probabilidades?

Isto ontem foi um daqueles momentos que me fazem dizer aquelas frases: "O mundo é mesmo pequeno. Bem, olha só a coincidência! Não acredito! Como é possível?". Pois, andei eu para aqui a escrever sobre furar festas de aniversário, e sons que aqueciam a dita noite da festa, e quem aparece no meu blog? A aniversariante! Foi mesmo uma daquelas coincidências tais, que não sei quais serão as possibilidades de tal voltar a acontecer. Andava eu a dar uma espreitadela nos blogs de alguns comentadores não habituais, quando ao abrir o da Poca, dou de caras com um blog de nome bUBBLEbATH. "Nã! Não pode ser. Deve ser mera coincidência." Mas a dúvida foi rapidamente desfeita, quando mesmo antes de começar a ler o post que lá se encontrava e que tinha algumas referências à banda, vejo além da descrição que se encontra no about me, "A stage of words turned into music", a música, por baixo do nome da banda, que se encontra disponível para ouvir: Why did you kiss me. Música que me lembrava perfeitamente de ter ouvido naquela noite. Após uma troca de comentários, ficava então definitivamente confirmado, que não sei através de que voltas do destino, a pessoa a quem a festa de anos, a que fiz referência, era destinada, tinha vindo ter aqui a este canto. Ela ainda não tinha visto o post em questão, e como tal, não se tinha apercebido deste estranho acontecimento. Como seria se eu não tivesse gostado, e tivesse dito uma data de enormidades? Como diria o John Stewart no fim de mais um The Daily Show: "Here´s your moment of zen!"

quinta-feira, maio 04, 2006

Pearl Jam

Para alguns, é até profano dizer que se gosta destes tipos. Porque não são isto, ou porque já não são aquilo, ou porque são não sei o quê, ou porque agora gosta-se é dos não sei quantos. Pois eu gosto destes gajos, salvo seja, eu gosto de ouvir a música feita por estes gajos. E já não é de agora. Lembro-me perfeitamente de quase ser crucificado, por dizer que gostava muito mais de ouvir Pearl Jam, que de ouvir Nirvana, o que naquele lapso de tempo era quase sacrilégio. Claro que também havia os Soundgarden, Alice in Chains, e outros que tais que fazem parte cá da discografia, e de que também gostava e continuo a gostar, mas a preferência ía e vai para estes senhores. Portanto, para completar a coleção de material referente aos tipos, aí está o novo habitante cá de casa:Que se veio juntar a estes dois, religiosamente comprados no dia em que foram postos à venda:Perdoe-me quem não gosta, mas eu gosto e muito! Só me assustei um bocado quando olhei para o bilhete e vi lá escrito "música no coração". Mau, queres ver que me enganei e comprei bilhetes para um musical qualquer, sobre um filme que vi sei lá quantas vezes em pequeno, em vez de comprar para o concerto?
E Setembro fica já ali tão perto...

quarta-feira, maio 03, 2006

Pequenos paraísos

.Acabei de acordar, depois de uma noite de trabalho. Ainda meio atordoado, só consigo chegar á conclusão que não fui mesmo feito para trabalhar de noite. Fujo por momentos até à semana anterior, em que trabalho não era com certeza uma das minhas preocupações. Fiquei com esta imagem na cabeça, de uma das nossas incursões por alguns dos pequenos paraísos que ainda vão resistindo lá por baixo. E quando falo de paraísos, não me estou a referir aqueles aldeamentos de luxo que por lá pululam a torto e a direito, e que de uma forma desordenada, conseguem destruir tudo o que antes era bonito de disfrutar. Falo daquelas praias praticamente virgens, que ainda vão conseguindo resistir à voragem do betão, talvez por estarem na parte mais fria do Algarve/Baixo Alentejo. Ainda assim, a pressão começa também ali a ser visível, e mais dia menos dia, até por lá devem conseguir destruir o pouco de beleza natural que ainda nos resta. Por isso, e como pouco ou nada posso fazer contra tais atentados, tento pelo menos guardar memórias visuais da beleza que temos, mas que poucos parecem entender.

terça-feira, maio 02, 2006

Xarém!

Logo no dia de chegada ao Algarve, e sabendo da presença das Martas por aqueles lados, ajuntámo-nos para jantar. Como não se chegava a conclusão nenhuma, lá ganhou o Franguinho da Guia. Até estavam bonzitos, como de costume, mas aquilo chateia-me imenso comer, pois não tem quase nada que se coma. E logo eu que gosto de um belo peito... Findo o jantar, fomos levantar dinheiro ao Casino de Vilamoura. Sim, levantar dinheiro. Não me perguntem como, mas este meu amigo tem o dom de sair de lá a ganhar, para aí 2 em cada 3 visitas. E esta foi uma delas. Triste mesmo, é ver algumas almas que por lá se perdem, e para quem o vício é tudo. Bom, o que fazer a seguir? Por terras lá de baixo, descobrimos uma nova vocação: Os fura-aniversários. Havia a festa de anos de uma amiga da namorada do irmão da Cátia, no Camané. E então, 'bora lá. Já andava tudo de copo na mão, e não era de estranhar. Na praia à meia-noite, estava mesmo um frio do caraças. Fomos então agraciados com o auge da festa. Um concerto privado da banda da aniversariante. A Poca e os seus Bubble Bath, conseguiram aquecer a noite com o seu som, que alguém definiu como uma mistura de Vaya Con Dios com Entre Aspas. Lá que soava bem, soava. E parece estar no horizonte próximo a edição de um CD. De seguida os parabéns, com direito a espumante e fatia de bolo para os furas, bolo o qual eu ajudei a pôr na mesa, como bom fura que me revelei. Dois dias depois, voltámos a furar um aniversário com as Martas, desta vez o do Bingo do Farense, em vésperas de 25 de Abril. Nem sorte para nós, nem para o senhor ao lado de quem no sentámos, pois não nos calávamos com tanto disparate de inexperientes que dizíamos. Safou-se nesse dia o simpático italiano a que fomos em Olhão, Pizza na Pedra de seu nome, e que haveríamos de repetir, em versão romântica a dois, antes de voltarmos para Lisboa. Entretanto, ficou como cumprimento efectivo entre nós o "Xarém!", depois de o Rui nos explicar que aquilo não era bem um prato, mas antes um "Tcharaaam!!!" com sotaque algarvio, com o qual os empregados brindavam os clientes ao apresentarem um prato vazio!?! Já sem falar no "Epá, decha-me!", de carregado sotaque algarvio, com o qual a namorada do irmão da Cátia o admoestava, e que nos proporcionou umas boas risadas. Vá lá que este pessoal se foi embora a meio da semana, senão não sei que mais aniversários teria que furar.

segunda-feira, maio 01, 2006

Ai é?

Acabadinho de chegar de fresco de uma mini-viagem que incluiu algum interior e muito litoral, e gamando a ideia ali ao Tiago, fiquei a saber que ao que parece, eu devia morar em Paris! Muito sinceramente, não estou a ver como. Eu até gostei bastante da cidade e tal. Já as minhas pernas e pés... não sei se estarão muito dispostos a repetir a experiência. E apesar de tudo o que tem de bonito e sei lá mais o quê, além de não ter sido a cidade que mais gostei de visitar, Paris fica a uma imensidão de quilómetros do mar! Como é que se vive longe do mar?

You Belong in Paris

You enjoy all that life has to offer, and you can appreciate the fine tastes and sites of Paris.
You're the perfect person to wander the streets of Paris aimlessly, enjoying architecture and a crepe.