Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

domingo, abril 30, 2006

Algum parceiro de sueca por aí?

Depois de a vida parecer estar a entrar numa sucessão de rotinas, nada como uma semanita para afinar ideias. Malas feitas e rumo a Castro Verde, onde uma escultura rente à igreja, retratava mais ou menos a nossa sensação de vida actual. Vila simpática, com gentes simpáticas (aliás, basta sair de Lisboa para as encontrar, enfim...), mas com o dilúvio com que fomos brindados, pouco mais pudemos disfrutar, que do quarto e de uma boa refeição no restaurante do hotel, dada a hora tardia a que chegámos. No dia a seguir, ainda cedo e sem dor de cabeça (mais um do Esporão que não desapontou), o dilúvio mantinha-se. Portanto, apenas uma curta visita, mais de carro que a pé, e seguimos pelo Caldeirão fora, rumo ao Algarve. Mais curva menos curva, e o desejo de um café/xixi falou mais forte. Paragem num café perdido numa terra algures no meio do Serra, daqueles que têm sempre mesa de snooker e matraquilhos, bem como uma multiplicidade de calendários com mulheres nuas e/ou piadas de algum género, e quase demos a viagem por terminada ali. Pespegado na parede, estava um desafio à altura dos dotes "cartísticos" da Sónia. Um torneio de sueca, com magníficos prémios. Ele era borregos, leitões, galinhas, patos , eu sei lá. Parecia uma ida à feira, mas onde em vez de comprar, era preciso batê-las (as cartas). Tivesse a Sónia em mim um parceiro à altura na cartada, e tínhamos carnita para o resto do ano! Mas nada feito. Como eu é mais chocolates, depois do café, só restou seguir viagem rumo a umas jantaradas e algum sol na praia. Pobrezinhos.

sexta-feira, abril 21, 2006

Esperar


Se por acaso parecer ausente, se o ar já não é novo, se faltar algo onde costuma estar, se o que é hábito subitamente emudece, se vires estagnação em vez de mudança, se sentires falta de respostas, se as perguntas secarem no vazio, se na impaciência te resguardares, se a repetição for enfadonha, se não perceberes os porquês, se afinal não for assim tanta a falta, se as palavras parecem repetir-se, se as imagens continuam as mesmas... Não me procures no momento, nunca deixes de me procurar, posso não estar aqui
agora, talvez esteja e não o saiba, um reflexo na água, o sentir que te arrepia, uma visão fugaz, uma dor que tem gosto, o movimento no canto do olho, afastar será talvez melhorar, a distância tem sempre angustia, nem sempre o certo é o melhor, sabes que o imagino, perguntar como desapareci, saber que é certo que vou voltar...

quinta-feira, abril 20, 2006

Lembrete

É só para relembrar que já estamos na Primavera, apesar das aparências.

Que mesmo nas condições mais adversas, é sempre possível florescer.

E que um dia, sem dar-mos por isso, aí estão o calor e o sol de volta.

Parafraseando a Maria:
Tudo acaba bem. Se ainda não está bem, é porque ainda não acabou!



E uma palavrinha para um bonito filme que fui ver há duas semanas atrás, e ao qual me esqueci de fazer referência: O Tigre e a Neve, de Roberto Benigni. Não é um A Vida é Bela. Mas também me conseguiu tocar. E acaba por nos dizer também, que o amor consegue vencer (quase) tudo. E não estamos nós já fartos de ver a negação, ainda e sempre, do amor? Soube-me portanto bem, ver um filme onde se celebra o amor, sem ser em versão "lamechó-americanizada".
Já o Instinto Fatal 2, é simplesmente secante até mais não. E se a senhora Sharon Stone queria mostrar ao mundo que ainda está em forma (fisicamente), existem várias revistas da especialidade, que com todo o aparato ao seu dispor para uma boa sessão fotográfica, seriam capazes de dar conta do recado muito melhor. De fugir, portanto.

quarta-feira, abril 19, 2006

Pó e outras dores

E pronto, está confirmadíssimo. O pó faz mal à cabeça (não estou a falar do snifável, quanto a esse, só disponho de conhecimentos teóricos)! Tanto mal, que neste momento bloqueou quase todos os meus neurónios (que também não devem ser assim tantos), e estou para aqui sentado em frente ao computador sem saber o que escrever. Nem sequer a lavagem com água do mar, feita durante a tarde, parece ter surtido efeito. Neste caso a culpa será também das ondas que estavam pequeníssimas, e de uns quantos putos que por lá andavam, que já nem um Longboarder mais velho respeitam. Qualquer dia levam um par de tabefes que é para ver como elas mordem! O problema é se por acaso está por ali o paizinho ou uns amigos de algum deles... É que eu não tenho curso de sprinter. Logo hoje esta falha. Eu até andava com ideias de contar qual é a sensação de dormir num colchão daqueles de encher, e acordar com o rabito a tocar no chão. Mas parece haver um curto-circuito aqui por cima, e só me lembro que isto se passou no fim-de-semana e que umas das sensações anexas a esta aventura, foi além do cu no chão, ficar com os pés dormentes. Para a próxima, tenho que levar o kit de concertar pneus, just in case. Entretanto, estou a pensar em inventar uma casa auto-arrumável. Roupa desarrumada, um clique num botãozinho e VHUUUUIITHH! (este som, ainda há-de ter um post só dele. A inspiração é que tem faltado) a roupa toda arrumada. Loiça suja, pó, sujidades a vulso e desarrumações variadas, mais uns cliques e VHUUUUIITHH! VHUUUUIITHH! tudo limpo e arrumado no sítio. Sem espirros, dores de costas ou outros achaques. Ahhh, como é bom sonhar! Bom, como não há desses botões cá por casa, o melhor é ir tratar do que ficou por fazer ontem. Coitados dos meus neurónios...

terça-feira, abril 18, 2006

Comunicado

Por motivos alheios à Direcção deste blog, o mesmo não vai ter no dia de hoje, um post de autor. Podemos no entanto adiantar, que algumas da eventuais causas para esta interrupção de serviço sejam: serviços domésticos! Tais como: limpeza de pó, aspirar, arrumar loiça, dobrar roupa, etc. No entender desta Direcção, este tipo de comportamento por parte do autor, só é justificável, por um subtil medo de eventuais retaliações por parte da sua co-habitante. Esperemos apenas, que ele não resolva vestir uma bata e colocar um lenço na cabeça, no decorrer das limpezas, pois nesse caso, então, o problema já seria outro. De qualquer forma, como já tivemos oportunidade de referir noutras ocasiões, este blog nada fica a perder com a ausência de todas aquelas descrições horrorosas, ditos de humor duvidoso e tiradas sem nexo. Mas, como até à data não foi possível substituí-lo por alguém de maior conveniência para os objectivos deste blog, teremos que continuar a aturar os seus estados de alma e a sua disponibilidade. Este blog segue dentro de momentos.


P´la Comissão Executiva

segunda-feira, abril 17, 2006

Assim não dá

Devia haver uma lei qualquer que proibisse a minha mãe de fazer doces quando eu lá vou a casa jantar ou almoçar. Então quando é na Páscoa, Natal e etc, nem se fala. E já agora, que a proibisse também, de cozinhar tão bem. Ontem, além de uma Carne de Porco à Alentejana de comer e chorar por mais, tinha para sobremesa, entre outras coisas, Bolo de Bolacha, Mousse de Chocolate e Aletria (nunca cheguei a perceber se se
diz assim, ou Letria). Ora quem me conhece, sabe perfeitamente que eu sou doido por qualquer uma destas duas últimas. E claro, que também fiz uma perninha no Bolo de Bolacha. Isto, depois de ter comido Carne de Porco à Alentejana que nem um doido e camarões para entrada! Agora, alguém me explique, como é possível, desta forma, vencer uma certa senhora, que não se compadece com estas escapadelas. Acho que a continuar este tipo de atitude por parte da minha mãe, nem com braçadas, nem à porrada, isto lá vai. Já para não falar do fim-de-semana, passado com os sogros, e que foi ele também, uma desgraça para o estômago. E para piorar a coisa, cá por casa, modéstia à parte, qualquer um dos dois componentes do casal, cozinha bem. Portanto, mesmo inadvertidamente, qualquer dieta fica bastante condicionada, logo à partida. Temo que um dia destes, dê por mim a não conseguir passar pela porta de entrada. O que vale, é que como o surf é feito de Longboard, pelo menos disto não tenho que abdicar! Haja coragem.

sexta-feira, abril 14, 2006

As Paparucas

.Aproveitando o excelente tempo que se fez sentir nesta bela sexta-feira, a Sónia e a Cristina foram ter a sua primeira aula de surf. Talvez inspiradas por uma surf trip que se avizinha, acharam que estava na altura de começarem também elas, a desfrutar um pouco mais do mar. Nunca tinha estado junto do ínicio de uma aula deste tipo, e ficou claro para mim, que realmente isto de surf e organização, não têm muito a ver um com o outro. Neste caso, excesso de inscrições feitas, sem ninguém saber como tal aconteceu, logo, material a menos, balneários comuns, e uma confusão tal, que fez com que a aula em vez de começar ás 11 começasse ao meio-dia. Mas enfim, aqui o que conta mesmo, é a motivação. Munida do seu fatito molhado, pois, que isto funciona em sistema de despe-veste, lá foi a Sónia iniciar-se nisto de sofrer pelo mar. Já a Cristina, moça mais prevenida, levou o fato que já tinha comprado há algum tempo, mas que carecia ainda de um uso mais intensivo. Para começar, tiveram que transportar uma longboard até à zona da aula, que é para verem como dói. Depois, para continuar a dor, teve ínicio a sessão de aquecimento, com corridas, saltos, alongamentos, e uma prova de "carrinho de mão", que quase ía arrumando com as duas. Uma breve explicação de alguma teoria aos paparucos, e lá começou o professor a ingrata tarefa de tentar ensinar a alguém em terra, como se pôr de pé em cima de uma prancha no mar. Após alguns raspanetes sobre a postura, a Sónia e a Cristina lá foram até à água para o primeiro teste no líquido (primeiro para a Sónia, que a Cristina já tinha feito antes algumas tentativas). A Cristina, não ficou muito contente com a prancha que lhe foi destinada, mas ainda assim gostou da experiência. A Sónia, veio de lá radiante, pois conseguiu pôr-se de joelhos em cima da prancha, durante breves segundos. Nem sequer deu porque a água estivesse gelada. Eis uma das magias do surf: A facilidade com que se consegue ser feliz. Contentes da vida, as duas, foram logo marcar pelo menos 5 aulas subsequentes. Agora não sei se fiquei muito descansado com este interesse delas em mais aulas, é que além da satisfação pelo contacto com o mar, também as ouvi comentar o quão jeitoso o professor era! A ver vamos.

quinta-feira, abril 13, 2006

Rãs, folar e amêijoa

Do que eu gosto mesmo na Páscoa, é de uns folares que descobri há pouco tempo, lá para os lados do Algarve, e que têm um aspecto assim para o enrolado. Não são como aqueles mais comuns, com ovos em cima, mas antes parecem um caracol (bolo), mas com o sêxtuplo da altura. Ah! E sem as frutas cristalizadas que um caracol costuma ter. E por falar em caracóis, está quase a chegar a altura deles. E eu que quando era mais pequeno, não gostava nada destes bicharocos, a não ser para na brincadeira, lhes tocar nas "antenas", para os ver recolhe-las... Realmente com o passar do tempo ficamos a gostar de cada coisa... Qualquer dia ainda me dá para experimentar pernas de rã. A propósito, já alguém experimentou? E que tal? Eu cá é mais amêijoas. Daquelas pretas, grandinhas, com aquele molho de ir às lágrimas, para o pessoal no fim molhar o pão... Pera aí! Este post era sobre a Páscoa! Onde eu já vou... Bom, depois desta salganhada culinária, só me resta desejar uma Boa Páscoa para todos, com muita saúde, felicidade e amêndoas. Para mim, dispenso estas últimas, excepto se forem daquelas que em vez da amêndoa têm chocolate por dentro. E pronto, lá está a conversa a fugir outra vez para a comida. Isto só pode ser da sessão de surf de hoje, que me deixou com um apetite do caraças. Se calhar porque não almocei... E o tempo que esteve hoje, hã? E o tempo que eles prevêem para o fim-de-semana? F@#§%$&! Anda toda a gente à espera deste fim-de-semana prolongado para aproveitar o bom tempo, e o bom tempo, resolve ele também, ir passar o fim-de-semana fora! Bom, mas pelo menos são três dias para descansar. Ou não, ou não, é que já ouvi rumores sobre um novo retiro...

quarta-feira, abril 12, 2006

3... extremos

Por acaso, não se trata de nenhuma confissão de 3 coisas que me irritem particularmente, e que me levem a perder as estribeiras. Ontem, mais uma aventura cinematográfica. A Sónia e a Célia, queriam ir ver o Breakfast on Pluto. Como eu e o Carlos não andávamos com vontadinha nenhuma de ir ver mais um filme que metia travestis à mistura, fomos ver o 3... extremos. Três curtas metragens, supostamente de terror, e as quais, as nossas mais-que-tudo não queriam ver. Compra de bilhetes após uma chegada em cima da hora, e troca de casais efectuada. Não, não se tratou de swing. Como atrás disse, as senhoras foram ver o rapazinho do Red Eye vestido de mulher (se fosse a rapariga, Rachel McAdams, eu também teria ido. Se bem que isto acaba por ser um contra-senso, já que ela já é uma mulher...), e nós fomos ver as curtas-metragens chinesas. Bem pouco tempo após começar a primeira curta-metragem, percebi o porquê do aviso que se encontrava no balcão de compra de bilhetes, sobre este filme, 3... extremos, não ser indicado para pessoas sensíveis. É que ele muito provavelmente tem este nome porque leva as pessoas ao extremo da paciência, e procura mesmo matar as pessoas de tédio! Resultado: Um primeiro filme sofrível, em que o extremo, é o sorriso provocado por um lamber de lábios de uma língua gigante. Um segundo filme, em que eu e o Carlos adormecemos, apesar dos dedos cortados à machadada e da extrema confusão com que é contada a história. E finalmente, um terceiro filme, extremamente entediante, que até tem uma história engraçada, mas que é contada de uma forma tão arrastada e com uma música tão anestesiante, que só não adormecemos, porque já tínhamos adormecido no anterior! Entretanto, as senhoras gostaram bastante do tal do Breakfast, e a história acabava por não girar à volta do tema que aparentava. Resumindo: Mais valia ter ido ver a senhora Sharon Stone.

terça-feira, abril 11, 2006

Ahh e tal, e então o retiro?

Pois, o retiro. O retiro até correu bem. Quer dizer andou. Ou antes deitou. Quer dizer deitou e andou. Sim, que houve bastante passeio a pé, mas também, bastante estar deitado sem fazer nada. E apesar de aparentar ter nevado (foto ao lado), estava um calor daqueles no Sábado. Daqueles bons para curar ressacas. Mal chegámos na Sexta, fomos direitos ao italiano já nosso velho conhecido. Além das massas, pizzas e da sangria de espumante da qual as senhoras gostaram, mas que não agradou por aí além aos senhores, fomos ainda presenteados com um vinhito de 14,5º, que nos deixou nas nuvens. Monte da Peceguina de seu nome, com um rótulo desenhado pela filhota dos produtores e com um cheiro e paladar muito agradáveis. Acaba o jantar, e o que resolvemos ir fazer? Ir até ao apartamento beber umas caipirinhas, já que tinhamos levado tudo o que era necessário. Tudo excepto o gelo, que nos foi fornecido em dose tamanho saco de supermercado, por um dos empregados do restaurante. "Grazie ragazzo!" Depois das caipirinhas, que se vieram juntar ao vinho, o mais que deu para fazer foi: "xixi-cama". O despertar foi feito por gritos de "Dani! Dani!", com os quais a Inês nos resolveu brindar (a Inês tem 2 anos). Só mesmo desta forma para acordarmos com um sorriso nos lábios, apesar da dor de cabeça. Romaria até à praia, e só acordámos realmente quando fomos pôr o pé na água quentinha do Algarve. Acho que consegui identificar todos os ossos que constituem o meu pé, em milésimos de segundo. Altura de ir almoçar. E que melhor almoço, que um pequeno-almoço Irlandês? Enquanto toda a gente comia uma salada, um hamburguer ou uma tosta, o bom do Dani, vai de enfardar um pequeno-almocito à la terras de sua majestade. E que bem que me soube! Um pequeno passeio, e fomos testar a água da piscina. Três doidos saltam para dentro de água, três doidos saem enregelados passado três minutos (não sem antes terem feito a "baleia branca", para uma vídeo-chamada que por ali passou...). Ao jantar só deu Monte da Peceguina, e depois de mais uma dose de caipirinhas, ninguém tinha já capacidade para sair, e a noite de Sábado acabou com um jogo de Trivial-despe, que o meu pudor não permite aqui contar. Domingo, foi dia de descanso absoluto, com direito a almoço mais dentro do saudável, sesta e tudo. Para retiro, acho que até nem foi mau.

segunda-feira, abril 10, 2006

Mitos

Para quem não acreditava em sereias, aqui fica a foto de um tritão que eu encontrei por terras algarvias. Ele é a prova viva de que nem todos os mitos são meras lendas, fruto da imaginação mais criativa de alguém. Qual Zézé, qual carapuça! Este é o verdadeiro auge da masculinidade! E com a vantagem de falar muito melhor inglês, e de ninguém o bater em simpatia. Por onde ele passa, a população feminina, fica hipnotizada com o seu charme. Ver mulheres a babarem-se por ele, é um filme comum para com quem ele priva. Mantém apesar de tudo um perfil discreto, e a sua verdadeira identidade permanece um mistério para o resto da população. Corro portanto grave risco de vida ao revelar aqui uma foto sua. Mas sabendo de tal fenómeno, não podia deixar o mundo no desconhecimento, e por isso fiz este pequeno levantar de véu sobre o assunto. Só não percebo é como é que ele consegue estar com aquele sorriso nos lábios, estando a água gelada como estava!

sexta-feira, abril 07, 2006

Retiro espiritual

.Preciso de me afastar um pouco da rotina do dia-a-dia. Desligar destas nossas pequenas preocupações mundanas. Gota a gota, voltar a juntar-me comigo mesmo. Fazer o caminho de uma ínfima gota de água, que ao cair no mar, num rio, num lago ou ao juntar-se a uma nuvem, está apenas a voltar ao seu lugar de sempre. Minúscula, mas fazendo parte e sendo essencial. Reencontrar o prazer de se sentir. De se saber. Ter o silêncio necessário para se ouvir e a confusão indispensável para se conhecer. Portanto, vou fazer um pequeno retiro espiritual.

E quando digo espiritual, quero dizer que provavelmente vai incluir muitas bebidas espirituosas! E muita praia (se o tempo deixar), e muita piscina, e muita dança, e muitas conversas, e almoços, e jantares, e cantorias, e sei lá mais o quê! E o retiro terá mais a ver com uma retirada de casa, que com outra coisa qualquer!

Eu vou!
Eu vou!
De fim-de-semana agora eu vou!
Na nanana na
Na nanana na
Eu vou!
Eu vou!

Bom fim-de-semana para todos!

quinta-feira, abril 06, 2006

Um começo

No ínicio tudo parece fazer sentido. Tudo parece fácil. Os objectivos são claros. Nada se intromete com o que desejamos fazer. Pode ser um novo começo ou apenas o fim de algo. Será talvez sentir e gritar para dentro. Correr contra a corrente e tentar libertar o que nos sufoca. Pode não ser nada. Pode ser tudo. Muitas vezes nem sabemos o porquê. Algumas temos a certeza. Descobrir enquanto avançamos. Perdermo-nos sem receio do escuro. Tocar mais além sem a certeza de se ser tocado. Tudo foge, tudo marca. Somos a sombra que de leve beija a areia. Uma marca ténue. Um sopro. O gosto ligeiro de algo amargo. O queimar que dá prazer.
Poderá alguém viver assim?

quarta-feira, abril 05, 2006

Declaração de amor

"Chocolate, eu amo-te"

by Dani.......

terça-feira, abril 04, 2006

Falar de trabalho... ou entretanto perdi-me

A única coisa que posso dizer neste momento, é que, uma das consequências de estar a trabalhar de noite esta semana, é este ser o meu traje durante grande parte do dia. Pois, que isto de dormir só 4 horitas não pode ser todos os dias. E hoje nem havia ondas nem nada... E embora tenha dormido um pouco mais que 4 horas, isso nunca é suficente, e acabo por passar o resto do dia a sentir-me um bocado zombie. Eu realmente fui mesmo feito para dormir de noite. Acho que sou um bocadinho galinha (não, não tenho penas), pois sou perfeitamente capaz de me ir deitar às 21:30 e dormir sem interrupções até de manhã. Já dormir deitando-me de manhã... O que vale é que o pijama tem motivos bastantes divertidos, e pelo menos faz-me sorrir cada vez que olho para ele. Já para não falar que no verão passado fez sorrir também uns quantos holandeses, cada vez que eu ìa à casa de banho num certo parque de campismo em Nijmegen. Entre gajos que ìam ao WC de pijama com patinhos, jogos de bilhar a 10 em que ninguém acertava nas duas bolas, várias tentativas de dizer em holandês que a heineken é fraquinha, cantos de "és tão boa" dirigidos à noiva, sessões de vómito com repetidos abrir e fechar de tenda que acordavam metade do parque e uma amiga que insistia em querer levar o vomitante para o hospital, apesar de ele repetidamente dizer que só queria estar sossegado a vomitar, não sei se deixámos lá uma muito boa impressão dos Portugueses. Qual foi mesmo o assunto com que comecei?

segunda-feira, abril 03, 2006

A sorrir

Neste momento estou com um sorriso de todo o tamanho. Daqueles mesmo idiotas, em que a pessoa, neste caso eu, fica com cara de parvo. Ahh! E também estou dormente. Não dormente de uma forma negativa, mas antes, com aquela dormência que se sente no fim de uma surfada. Assim uma espécie de bem-estar preguiçoso. Hoje o dia estava magnífico, sol, calor e quebravam umas ondinhas que embora pequenas estavam adequadas à minha actual condição física! Foi o suficiente para passar duas horas dentro de água e agora estar ainda a sentir os efeitos de toda aquela energia positiva. Como tal, vou ficar agora a "curtir" a dormência mais um bocadinho...

sábado, abril 01, 2006

Sushi, Marghuerita e Cigarrilha

E se de repente você se vir rodeado de putos... não, não está numa creche, está em Santos! Depois de cumprirmos uma espécie de ida ao teatro (que só deu para rir, com péssimos actores e com uma história que só não percebe quem não quer. Advantages-card, o nome da peça), fomos jantar fora de horas, como já não fazíamos há algum tempo. Deixámos o carro perto de Santos para tentar ir ao Sushi Lounge, já que a comidita era mais leve e já eram 23:45. Enquanto caminhamos para lá, pára um comboio na estação. Subitamente parece que tocou para o recreio num qualquer liceu! Sai uma revoada de gente com menos de 16 anos, que ocupa uma grande extensão da Avenida, enquanto atravessam todos ao mesmo tempo e aos berros! Acho que a última vez que vi isto foi, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, quando pararam três autocarros, de uma visita de estudo, à nossa frente. Sushi Louge, espera de pelo menos 45 minutos. Esperar para comer? Com tanto restaurante que por aí há? Pernitas ao caminho e Casa México o próximo destino. Há 4 anos que andávamos para lá ir, mas acontecia sempre qualquer coisa que o impedia. Pelo caminho, algures no passeio oposto ao extinto Álcool Puro, mais uma multidão de gente que já devia estar na cama aquela hora. "Acabou de passar a carrinha da creche?", perguntou a Sónia entre risos. Finalmente, conseguimos perfurar aquela criançada que se aglomerava em torno da paragem de autocarro, e seguir viagem. Casa México. Uma barulheira infernal mal passamos a porta. "Pronto, ainda não é desta", pensei eu. Mas por acaso até havia lugar, talvez do adiantado da hora, e o barulho era provocado por dois grupos de mulheres, que aparentavam já três ou quatro Marghueritas a mais. Aproveitando a deixa, umas Marghueritas de Morango para abrir, e com as tiras de milho da entrada já estávamos cheios. Consequências de estar demasiado tempo sem comer. Vieram as Fajitas, que estavam bastante boas, e o rapazito da mesa ao lado resolve fumar uma cigarrilha enquanto espera pela comida. Talvez por eu ter atirado com os talheres com algum aparato para dentro do prato e depois ter cruzado os braços enquanto continuava a conversar com a Sónia, o rapazito apagou a cigarrilha. Não é por nada, mas se um cigarro já incomóda, pelo menos a mim incomóda, então uma cigarrilha, com aquele seu cheiro adocicado a misturar-se com a minha comida... Acho que não custa nada ter um pouco de respeito por quem come ao nosso lado. Mas enfim. Refeição acabada, descida até Santos, e depois de constatarmos que o volume de crianças por metro quadrado tinha aumentado em vez de diminuir, fomos pregar para outra freguesia.