Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

sábado, dezembro 31, 2005

Resoluções de fim-de-ano

... hum...
aahh...
... er... ââhh
... pois... e tal...
hum,hum...
... é que... bom...
'tas a ver, não é...
... huuuummm...
Pronto, só uma:
Não tomar resoluções que sei que depois não vou cumprir!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

O tal do Body Combat

Eu e a Sónia, recebemos um convite por parte da Célia e do Carlos, para irmos a uma sessão de Body Combat. Não sei porquê, comecei logo a imaginar mulheres semi-nuas, a lutar na lama! Mas não, nada disso. Afinal era uma aula de exercício físico, tudo muito direitinho, num ginásio, com direito a professora (em excelente forma física, diga-se de passagem) e tudo. Lá fomos então, experimentar os prazeres da tortura auto-inflingida. Como éramos convidados, tivémos direito a tratamento vip, ao qual eu correspondi, vestindo-me ao melhor estilo "bimbo-vai-ao-ginásio". Na sala, muitas lycras, mas sem grandes recheios que as justificassem, salvo algumas excepções. Início de aula, e o que é o Body Combat: uma miscelânia de aeróbica com murros, cotoveladas e pontapés vários, roubados a várias artes marciais e ao boxe, executados numa interpretação bastante livre. A professora (pequenina, girinha e uma das poucas excepções no departamento das lycras) parecia um piolho eléctrico com um curto-circuito, dada a velocidade com que executava os esquemas que era suposto nós fazermos. Estava eu a dar um murro, e já estava ela uma cotovelada e dois pontapés mais à frente! Sem contar que alguns minutos após o ínicio da aula, os meus braços e pernas, mais pareciam feitos de chumbo! Resultado: o meu desempenho assemelhava-se a um qualquer filme do Bruce Lee, interpretado pelo Charlôt! Algures no meio de um dos esquemas, um dos tipos que estava ao pé de mim e do Carlos, ao dar um murro, soltou um gritinho meio efeminado. Passada a surpresa inicial, percebi que era suposto gritarmos na execução dos murros finais desta sequência. "Ai, isto é para gritar?", pensei eu. Vai daí, no murro seguinte, soltei um valente kiai, à la Karate (reminiscências de um tempo já distante, em que este jovem praticava o desporto), que quase deixava os cabelos em pé ao tipo. Eu tenho quase a certeza, que o rapazito deve ter deixado cair um pinguinho para as cuecas! A professora gostou do grito, e incentivou-me a continuar estes resquícios de demonstração de virilidade, quase pré-históricos! Eu não me fiz rogado, e desatei a gritar que nem um doido, cada vez que a oportunidade surgia. Conclusão da aula: litros de suor, dores em músculos que nem sabia que tinha, e praticamente sem voz, por causa das vocalizações exageradas! Fomos para os balneários (as pernas, completamente descoordenadas, pareciam ter vida própria), e como já sabíamos que as meninas demoram sempre mais que nós a despacharem-se, aproveitámos para ir fazer um pouco de sauna. Lá dentro, no meio de uma conversa, reparei que um tipo que lá estava, olhava, de forma algo duvidosa, para as nossas mangueirinhas. Fui, de imediato, assaltado por imagens, em que alguém nos dizia: "Booa taaaarde!". Talvez por termos começado a olhar para o gajo com cara de poucos amigos, ele pirou-se dali para fora. Como se já não bastasse as anteriores ameaças à minha integridade física, ainda mais esta! Será que isto da musculação e ginásios, é mesmo maioritariamente para mulheres e gays? Acho que tão cedo, não me apanham num ginásio!

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Carta aberta à minha balança

"Cara senhora,
venho, por este meio, manifestar a minha indignação e desagrado, pela forma como tenho sido tratado nos seus relatórios, no final do mês em curso. Nos últimos tempos, os números por si apresentados, aquando dos serviços por mim solicitados, parecem-me claramente desproporcionados. Estamos numa quadra festiva, e como é do senso comum, "o que é comido com prazer, mal nenhum há-de fazer". Como tal, penso que vossa excelência deveria ter-se dignado fazer os respectivos descontos, nos resultados agora apresentados. A leviandade com que foram efectuadas as últimas medições, chega a raiar o desrespeito. A continuar este tipo de atitude, não me admirava que a qualquer momento, qual balança Garfieldesca, fosse ouví-la falar, e gritar coisas como: "Socorro, tirem este hipopótamo de cima de mim!". Penso que todo o seu desempenho, terá que ser repensado, e ajustado para valores mais concentâneos com a realidade pretendida. Tem agora ao seu dispor, mais uma semana de eventos, durante os quais terá oportunidade de redimir os malefícios das suas acções impensadas. É meu dever no entanto, lembrá-la que, a qualquer momento, o fornecimento de pilhas poderá ser suspenso. Tendo vossa senhoria, que acarretar com as consequências que de tal facto possam advir. Devo lembrá-la também que, acidentes acontecem, e que as hipóteses de sobrevivência, numa eventual queda do 2º andar, são extremamente reduzidas. Espero ter conseguido sensibilizá-la para as questões em epígrafe.
Sem outro assunto de momento, atentamente:

Dani"

terça-feira, dezembro 27, 2005

Prendas

Ninguém me deu meias! Nem boxers! Será que tiveram pena de mim, por eu ter ido trabalhar na noite de Natal? Se assim é, se calhar é melhor passar a ir trabalhá-las, todos os anos! (Livra - TOC, TOC, TOC). Foi realmente muito deprimente, deixar a família, para ir passear alguns animais, que nem sequer na noite de Natal se sabem portar como deve ser. E daí, talvez, andar à porrada, seja a maneira de eles festejarem o Natal! E as filhóses? Este ano, a minha mãe acertou em cheio, e se já costumavam ser boas, estavam para lá de melhores. Já para não falar dos Pastéis de Bacalhau, que puseram um colega meu (pois é, a malta leva sempre qualquer coisa para o trabalho, para ajudar a esquecer a parvoíce de ali estarmos) a perguntar se podia mudar-se para casa da minha mãe. Pelo menos, agora durante as festas! Dormi pouquíssimo, e fui saltando de casa em casa, para os almoços e jantares de Natal. Tenho a sensação, de ter passado o fim-de-semana inteiro a comer! Ainda estou abananado com tanta comida. E ainda fizeram a maldade, de me encherem a despensa de chocolates. Haja estômago!

sábado, dezembro 24, 2005

Espírito Natalício

E pronto, como hoje é véspera de Natal, e apesar de eu ir trabalhar de noite, e a vontade de festejar estar um pouco reduzida, aqui ficam os nossos votos de Feliz Natal!

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Toupeira voluntária

António Jorge Gonçalves, é um rapazinho, que alguns talvez conheçam através das suas BD's. Este rapaz, decidiu que era boa ideia, passar quatro anos enfiado dentro de Metros, desenhando quem por lá passava. O percurso, levou-o por 10 cidades do mundo. Não sei, mas acho que eu preferia fazer esta viagem à superfície. Mas isto sou eu a falar. E a minha opinião, vale o que vale. De qualquer forma, se a alguém interessar, o resultado desta investigação/viagem/análise, está aqui.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Nem aqui!

Pensava eu, que estaría protegido no meu prédio, contra a praga do gang dos Pais Natal. Mas, nada disso. Aqui também há ataques! Depois d´a canção de Lisboa, chegámos a casa por volta da 1 da manhã. Quando nos dirigíamos para o nosso prédio, vimos um vulto, pendurado na varanda do vizinho do último andar. Primeiro, pensámos se não seria um assalto. Mas dada a altura da varanda, era difícil lá chegar sem uma escada bem grande. Depois, começámos a pensar o pior, e imaginámos que o vizinho tinha decidido por termo à vida! Conforme nos aproximámos, apercebemo-nos de uma escada, toda ela feita de luzinhas, onde o vulto estava agarrado. Explicação: mais um desses pobres e desgraçados Pais Natal, que se encontram enforcados, por essas fachadas de Portugal a fora! Pensava eu que estaria livre de tal atrocidade neste humilde condomínio! Ainda não consegui perceber o porquê, de fomentarem o apelo ao suicídio! Está bem, que a vida não está fácil. Mas não é preciso chegar a tanto! Agora mais a sério. Os sinais estavam todos lá. Eu é que não quis ver! Desde o mês passado, que a varanda do senhor estava enfeitada com múltiplas luzinhas de Natal. Logo, o passo seguinte, só poderia ser o assassínio do Pai Natal! Acho que qualquer dia dá-me uma coisinha má, visto-me de rena e vou por aí a fora trucidar esta praga nacional, com a desculpa de pertencer à sociedade protectora dos animais! É ou não verdade que o velho das barbas abusa das renas? Onde já se viu, obrigar os pobres bichinhos a puxar um trenó, durante milhares de quilómetros, quando já existem aviões há tanto tempo!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

"A Canção de Lisboa"


Cada vez gosto mais das "Caras", "Vips", "Novas Gentes" e outras que tais! Qualquer dia, quase conseguem que eu deixe de pegar-lhes somente com a ponta dos dedos, para as deitar na reciclagem, mas antes, que passe a apanhá-las com mão firme e vigorosa, para o mesmo fim! Graças à extrema amabilidade destes senhores, neste último ano, quase me sinto um membro honorário do "Jet-Lag" nacional! É que eles têm acertado com todas as peças que eu/nós pretendíamos ver. Portanto, qual Pedro Santana Lopes e Cinha Jardim, aí estamos nós, em tudo o que é ante-estreias de peças. À borlix, como eles, claro está! Ontem, foi dia de "A Canção de Lisboa", no Politeama. Fomos jantar à baixa. Num italiano. Até parece que não voltámos de lá ao virar da esquina! Sabe bem ir a esta hora para a baixa. O pessoal está todo em debandada para casa. Logo, o trânsito está todo no sentido contrário, e lugares para estacionar, é o que não falta. Depois de jantar, ainda deu tempo para ir até ao Chiado. É triste, ver como Lisboa depois das 20h, é um deserto autêntico. Alguém de direito: "NÃO ESTÁ NA ALTURA DE BAIXAREM O PREÇO DAS CASAS EM LISBOA?". Bom, desta vez, a exibição era mais para clientes, que outra coisa. Portanto, nada de VIPS (Vistosas Iguanas Pavoneando Soberba). Tivémos direito a lugares na primeira fila, e como no Politeama, o palco é bastante alto e estava à altura dos nossos olhos, isso teve os seus prós e contras. Os contras, é que como estávamos mesmo ao nível dos pés dos actores, estávamos constantemente a levar com o pó, que os pés deles levantavam do palco. Vá lá, que apesar de alguns estarem descalços, não se fazia notar nenhum cheiro especial. Já como prós, estava o facto de estarmos tão próximo do palco, que dava perfeitamente para espreitar por baixo das saias das belas mocinhas que saltitavam por lá. Até se conseguia distinguir se tinham feito a depilação ou não! A peça, está muito bem conseguida. E além de nos fazer sorrir com as piadas já nossas conhecidas do filme, bem como, com outras, resgatadas a filmes da altura, ainda nos faz bater o pé com as canções, também elas nossas conhecidas. Até mudei um pouco de opinião em relação ao Miguel Dias, a quem eu não achava piadinha nenhuma, mas que está muito bem como Vasco Santana. Tempo bem empregue, portanto.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Mais um

Aí está, mais um livro de Gonçalo Cadilhe. No Princípio Estava o Mar. Desta vez, um pouco mais direccionado, pois são as crónicas que mensalmente saíam na SurfPortugal. Não deixa contudo de ter interesse para outras pessoas, que não surfistas, pois também neste, há uma abordagem diferente aos assuntos relatados. Quem sabe, talvez a magia por ele descrita, traga mais alguns até ao mar. Entretanto, a "posta" não tem a foto do livro, porque eu ainda não o tenho, e as poucas fotos que encontrei, eram muito pequenas e de fraca qualidade. E quero agradecer a este blog, pois proporcionou-me o prazer de ver a conversa ribeirinha de sexta, que era com o Gonçalo Cadilhe. De qualquer forma, soube a pouco. Tanta coisa para dizer, e tão pouco tempo para o rapaz falar.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Terão os carros medo de ir ao mecânico?

Acho a pergunta legítima. Pelo menos, foi o que o nosso me deu a entender! Há algum tempo que ele andava a fazer um barulho nada animador quando se travava. Uma espécie de guincho, misturado com um raspar agourento, provinha das rodas traseiras, sempre que era necessário travar! Lá consegui andar com ele o menos possível, e sempre que tal acontecia, travando com uma delicadeza extrema. Tal, obrigava-me a andar a velocidades bastante mais reduzidas, e a travar com uma antecedência desmesurada. Do género: "O trânsito está parado ali no cruzamento (a 200 metros), deixa-me lá começar a parar!". A imagem que mais vezes me ocorria quando andava com o carro, era a de uma velhinha conduzindo para a missa num domingo de manhã! E a velhinha neste caso, era eu! Arranjei finalmente um bocadinho para ir com ele ao mecânico. Fui fazer a marcação, e o mecânico disse-me que ía dar uma volta comigo, para tentarmos perceber qual o problema, e se não faria estragos de maior, andar com o carro, até ele ir para a oficina. -"Vamos aqui para a pista de ensaios, p'ra ver!"- Pista de ensaios?!? Mal arranca a toda a velocidade, faz uma travagem brutal, que quase me colou ao pára-brisas, e que quase me fez vomitar o almoço logo ali! O bom do carrito, nem um chiar de pneus fez! Nova sucessão de arranques e travagens, eu a ficar com os cabelos em pé com o tratamento que ele estava a dar à pobre viatura, e a pobre viatura, nem um pio! Já alarmado, e com medo que a qualquer momento saltasse um roda, ou que o meu estômago resolvesse manisfestar-se mais veementemente, sugeri, que ele travasse com um pouco mais de calma, para vermos o resultado. Resultado: nem um ruidínho para amostra! Comentário do mecânico: "É como nós quando vamos ao dentista. Assim que lá chegamos, até a dor passa!" De qualquer forma, ficou marcado, para lá ir deixar o carro para ele tentar ver o que se passa. Arranquei, e mal tive que travar numa rotunda mais à frente, aí estava aquele ruído de travões agonizantes, em todo o seu esplendor! Será que a culpa é do condutor? Ou um mecânico de mãos sujas de óleo, não é propriamente a melhor fantasia de um carro?

domingo, dezembro 18, 2005

Será hoje?

Vamos tentar pela quarta vez, ir ver o Harry Potter. Na primeira, estávamos demasiado cansados e já não nos apeteceu sair de casa para ir ao cinema. Na segunda, tentámos fazer uma sessão dupla (temos o cartão King Kard, o que permite estas liberdades), mas como a Sónia quase adormeceu a meio do primeiro filme, viemos embora para casa. Na terceira, ontem, estava um trânsito infernal na 2ª circular, quem sabe se por causa do jogo do Glorioso, se por causa das últimas compras de Natal, e acabámos por desistir. Hoje, já pedi à Sónia para se despachar umas cinco vezes. Vamos lá a ver se é desta.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Team Javard Air

Aqui fica, em jeito de conclusão, o retrato de família dos protagonistas da incursão por terras de Julio César, e também, a frase de cada um, mais vezes ouvida durante a viagem:

Daniel - "Alguém quer um gelado?"
Sónia - "Preciso de ir à casa de banho!"
Luís - "Já fomos a Santa Maria Maggiore?"
Cristina - "Café, cornetto: un'euro!"

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Bocados de Roma


Após quase duas semanas, as recordações começam a esbater-se. Para além das óbvias, como as visitas aos monumentos mais que conhecidos, vão começando a ficar apenas pequenos pormenores, que de uma forma ou de outra nos marcaram. Como por exemplo, o facto de os capuccinos ficarem sempre com a forma de um coração, na espuma. Pormenor de pouca ou nenhuma importância, para o qual a Sónia nos chamou a atenção, mas que constatámos ser verdadeiro, independentemente do café onde fossemos. Esta descoberta de cafés, levou-nos a ser enganados como turistas, tendo pago mais do que o triplo do normal, por três capuccinos e uma cerveja! Mas, também nos levou a descobrir uma magnífico café, escondido numa das inúmeras ruelas de Roma, muito bonito e acolhedor, onde um café e um cornetto (croissant) custava €1. Neste café, houve também uma pequena discussão, já que o empregado, que segundo elas, era todo "giráço", tinha um ar duvidoso! Elas diziam que ele era "fashion", nós dizíamos que ele era gay! Como ele não fez olhinhos a nenhum dos 4, não chegámos a conclusão nenhuma! O Tibre, encontráva-se no seu nível mais alto desde à 20 ou 30 anos, tendo galgado as suas margens habituais. Eu confundi um pato que pescava no rio, com um peixe, o que deu galhofa até ao fim das férias! Sempre que se avistava um pato, alguém dizia: "olha um peixe!". Adiante. Como não podia deixar de ser, vimos o Papa. Continuo a não ter a certeza, de que não existe uma conspiração do Império, algures no meio desta nomeação... E com toda a sumptuosidade existente em toda e qualquer igreja por onde passámos, é cada vez mais difícil aceitar a hipocrisia destes senhores, quando nos vêem pedir para ajudar os mais pobres. Mas, pronto, não vou entrar por aí. Depois de algum desnorte no primeiro dia para encontrar a Fontana di Trevi, acabámos, a ir lá parar todos os dias! Ao estilo 5ª dimensão, parecia que todos os caminhos lá iam dar! O problema, é que mesmo ao lado, ficam as ruas das lojas lá da zona. Logo, haviam mais sessões de visita a lojas, do que as que eu e o Luís desejávamos! A única coisa boa, era que ía dando para vermos as vistas! As vistas, neste caso, as italianas (e os italianos, segundo elas), salvo raras excepções, não são nada de especial. Parece-me que por cá, se vê um número maior de mulheres bonitas por m2. O que realmente acontece, é que como elas se arranjam muito bem, quando se vê uma mulher bonita, ela está realmente muito bonita (então se andar de bicicleta, de mini-saia e de saltos altos...). No campo da comida, as pizzas e os gelados deles, nada têm a ver com os nossos, e são realmente do "outerspace"! Que o diga a minha balança! Tornou-se quase impossível resistir a uma dieta baseada em refeições de pizza, seguidas de gelado como sobremesa! Também foi giro, encontrar e comer bombocas! Já nem me lembráva da existência de tal coisa! O que vale é que como andávamos sempre a pé, os efeitos de todos estes doces e pizzas, foram minimizados! Pelo menos, ainda consigo vestir o mesmo número de calças!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

DESCULPA CARLITOS!


Pronto, aqui fica o meu pedido de desculpas ao Carlitos, pela "posta" anterior! O estimado amigo e companheiro tem razão, e a palavra existe! Isto está porreiro, agora já passei para a fase da auto-humilhação pública! Espero que vás pedir contas ao resto da pandilha também, já que eu até fui o que gozei menos! Vá lá, pelo menos no Nobel não me enganei. O senhor Nobel inventou a dinamite. Lês-te bem Chalana? A D-I-N-A-M-I-T-E!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Mais palavras!

Não sei se em resultado do vinho do almoço, ou se por as mentes estarem toldadas pelo frenético jogo "Buzz", os tropeções nas palavras, foram ontem, muitos e bastante diversificados. Por isso, a palavra do dia, transforma-se hoje, em palavras do dia. E, apesar de haver outras também dignas de menção, o primeiro lugar exequo, vai para estes dois senhores:

- Carlos (carlitos para os amigos): "Cuidado, que este papel é muito incendiável!"

- Rui (chalana para os amigos, xanana para a mãe da Fernanda): "O Nobel descobriu a pólvora!"

domingo, dezembro 11, 2005

Ao que parece vem aí o Natal

Pois, é o que parece. Pelo menos a julgar pela publicidade massiva a brinquedos na televisão e pela quantidade de jantares/almoços de Natal que subitamente surgiram na minha agenda. Este últimos anos, não me ando a sentir nada natalício. Coisa que eu julgava ser impossível à uns anos atrás. Achava que iria sentir a emoção do Natal para sempre. Não compreendia como alguns adultos não viam a magia que andava no ar. Aquele sentimento de que tudo vai ficar melhor. Que toda a gente está feliz, como nós. O problema vem uns anos mais tarde, quando começamos a tomar consciência da realidade que nos rodeia... Quando somos crianças, realmente as coisas tocam-nos de uma maneira tão mais inocente... De qualquer forma, para quem ainda anda distraído, aqui fica uma dica de um amigo:

sábado, dezembro 10, 2005

O Insulto (versão politicamente correcta)


«Que vários órgãos sexuais masculinos te fecundem com agressividade!»

Não resisti. Esta está mesmo demais! Por isso aqui fica o meu primeiro plágio, roubado daqui (mas assumido, não sou como uma senhora relativamente famosa, que eu cá sei!).
E se quiserem dar uma volta por este blog, ou pela página da menina, ficam a conhecer uma pivô de televisão, que me faria ficar colado 24 horas por dia ao telejornal da TVI, caso resolvessem trocar a Manuela Moura Guedes por ela!

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Apartamentos, há muitos!

Para haver mais convívio, e para poupar uns cobres, a maltinha, resolveu alugar um apartamento, em vez de ir para quartos de hotel. Assim, sempre podíamos comer qualquer coisa lá por casa, se houvesse falta de €, ou se estivessemos muito cansados para ir procurar restaurante. Pela internet a fora, lá deparámos com um site onde os preços eram bastante bons, fazendo com que pagassemos em alojamento, metade do previsto. Escolhemos um apartamento com um ar bastante moderno (aahhh, a magia do fotoshop...), mas sobretudo com uma localização muito central. Quando o taxista nos largou ao pé de um beco de aspecto duvidoso, com vista para umas magníficas vigas de ferro que escoravam o prédio, começámos a deitar as mãos à cabeça! Onde é que nos tinhamos metido! Entrámos com o índividuo que nos entregou a chave, mas já pensando em perguntar-lhe onde ficava o hotel mais próximo! O apartamento, embora com um aspecto relativamente parecido com as fotos, tinha um ar velho e gasto. Isto, a juntar à escada do prédio e às paredes exteriores que pareciam ir ruir a qualquer momento, foi proporcionando os olhares que ficam aqui mais ou menos espelhados! Como já era 1 da manhã, e, apesar do aspecto mais ou menos velho, o apartamento aparentava estar limpo, resolvemos ficar. Tocávamos nas coisas com a ponta dos dedos, com aquele nojo, que uma visão nocturna das coisas proporciona. Houve até quem tentasse dormir sem cobertor, pois o mesmo lhe parecia completamente imundo! Rapidamente a esquisitice lhe passou, pois embora não estivesse frio, não estamos propriamente no verão. Mas como não há nada que uma boa noite de sono não resolva, pela manhã, já tudo tinha muito melhor aspecto. O beco, afinal não era assim tão duvidoso, pois albergava uma Trattoria com óptimo aspecto (que se estendia às empregadas!) e que era frequentada por italianos com tudo menos aspecto de pobretanas. O apartamento não era assim tão mau (apesar de não ter esquentador, e sim um termoacumulador ridiculamente pequeno, o que obrigava a haver o turno da manhã e o da tarde para os banhos!), estava limpo e não caiu enquanto lá estivémos! E a localização, era a melhor que podia haver. Ficámos ao pé do Panteão, e em menos de 20 minutos a pé, estávamos em qualquer um dos monumentos mais importantes ou no Vaticano. E numa cidade como Roma, que tem um Metro que não serve praticamente para nada, obrigando a andar de autocarro num trânsito caótico, a boa localização vale ouro!

quinta-feira, dezembro 08, 2005

A romana


Tanta coisa para dizer sobre Roma. Tantas (des)aventuras vividas por quatro jovens, nesta magnífica cidade. Tanta sola gasta naquelas calçadas. Tantas pizzas devoradas como se não houvesse amanhã. Cidade onde as palavras-chave se tornaram: "café+cornetto". Chuva para todos os gostos e feitios. Mas como hoje é feriado, e não me apetece escrever nada de especial, o destaque vai todinho para esta mocinha, que teve o dom de deixar toda a gente parada a olhar para ela. Polícias sinaleiros e tudo!

quarta-feira, dezembro 07, 2005

JAVARD AIR

Depois de uma manhã também ela dedicada às compras (homem sofre!), e depois da avó da Churri nos tentar fazer rebentar, com umas magníficas tortillas e uma carne de porco de que não me lembro o nome, partimos finalmente para Santiago, para apanharmos o avião para Roma. Foi a minha primeira experiência com empresas de low cost. O Luis e a Churri, que já tinham viajado com eles, avisaram-nos mais ou menos como a coisa se passava. Mas nestas coisas de primeira vez, as explicações, nunca nos conseguem preparar realmente para o que se vai passar a seguir! Chek-in mais ou menos normal, tirando o facto de o senhor nos perguntar muito insistentemente se eram só aquelas mochilas que íamos levar connosco dentro do avião, e o facto de não haver lugares marcados, apenas um número inscrito no cartão de embarque. Os cartões de embarque também não ajudavam muito. Reparem só no pormenor, no lado esquerdo: Lesma Handling?!? Logo aqui, devia ter desconfiado que as coisas não se iriam passar de uma forma muito normal. Fomos para a fila para embarcar, e como ainda era cedo, fomos os primeiros. Com o aproximar da hora de abertura do balcão, tivémos que fazer marcação cerrada ao mesmo, pois as pessoas aglomeravam-se junto dele, como quando há distribuição grátis de qualquer coisa! A mocita da Ryanair chegou, e disse que primeiro embarcavam as pessoas acompanhadas de crianças e as que tinham os cartões de embarque numerados de 1 a 65. Se o aglomerado já era grande, começou a ficar caótico. Havia pessoas com bébés a tentar passar, mas que era impedidas por outras, pessoas (como nós) que tinham números baixos e que tinham que abrir caminho à cotovelada e ainda uma velha italiana e outra espanhola, que queriam à viva força entrar primeiro, desse lá por onde desse! Lá descemos as escadas, e ficámos à espera, pensámos nós, que chegasse o autocarro para nos levar para o avião. Entretanto, a velha italiana, já tinha furado pela fila a fora, e estava colada nas nossas costas, empurrando desenfreadamente! Ela tentava passar por nós, e ir para ao pé das pessoas que tinham bébés, e que se encontravam mesmo à nossa frente, pois eramos os primeiros da fila a seguir a eles. Nós, muito subtilmente, formámos uma espécie de barreira humana, o que a impediu de atingir os objectivos. Era vê-la a empurrar, a bufar, e a praguejar desalmadamente, enquanto nós sorríamos com o sorriso mais delicado do mundo! De repente, um senhor do aeroporto, remove a fita que tinhamos à frente, mas isto sem nada de autocarro no horizonte! Percebemos então, que era para ir à la pata até ao avião! Pensavam que isto do low cost era só benesses? Mantivemos a nossa barreira, e a senhora quase tinham um ataque cardíaco por não conseguir passar! Até que resolveu sair do caminho que nos tinham indicado, e atravessar em diagonal, mais ou menos pelo meio da pista até ao avião! Desta vez o ataque cardíaco ia sendo do pessoal do aeroporto, que teve que correr para a tirar dali! Mesmo assim, conseguiu chegar primeiro que nós ao avião. Lá dentro, mais empurrões e cotoveladas, enquanto toda a gente tenta escolher o lugar. Mais parecia uma manhã na feira do Relógio, do que um final de tarde num avião! Os lugares têm um pouco menos de espaço para as pernas e os bancos não reclinam. Não nos servem aquelas sandes manhosas. Só a pagar! Mas também, para voar 2 horas, nada disto me parece necessário. Também não tivémos que sair, para empurrar o avião para a pista. E o piloto, não desligou os motores para poupar combustível quando atingiu a velocidade de cruzeiro, como chegámos a pensar! E quem realmente transformou aquele início de viagem num carnaval, tipo javard air, foram as pessoas. É assustadora a falta de cívismo de algumas, e o quão baixo se pode descer por causa de uns lugares num avião. No final de contas, o preço reduzido, até valeu a pena.

terça-feira, dezembro 06, 2005

A Corunha não é Roma... mas fica no caminho

"Todos os caminhos vão dar a Roma"
Então, como todos os caminhos vão dar a Roma, lá fomos nós para Roma, com paragem em Coimbra, Pinhão, Celeirós do Douro, Chaves, Feces de Abaixo, Pontevedra e La Coruña (A Coruña, para os nacionalistas mais ferrenhos). Em Coimbra, lá tive que fazer uma visita ao novo (para mim é, nunca lá tinha ido) templo do consumo lá da zona, o Dolce Vitta (entrávamos já, em fase de adaptação à língua romana). Umas compritas de circunstância e depois de abastecermos a barriga, continuação de viagem. Além da chuvada que estávamos fartos de apanhar, estava um frio do caraças, e na autoestrada que liga Viseu a Vila Real, tivémos direito a neve e tudo. Lá mais para as bandas do Douro, fiz um desvio para mostrar à Sónia as paisagens que me habituei a ver desde pequeno. Mesmo depois de todos estes anos, e apesar de as videiras já estarem despidas, a viagem pela estrada que segue junto ao rio desde a Régua até ao Pinhão, continua a deslumbrar-me. Aconcelho o passeio a quem nunca o fez. Depois do Pinhão, uma breve visita à terra do meu pai, Celeirós do Douro. Paragem obrigatória em casa de um tio para beber um copo. E quanto valeu esta paragem! Além do vinho de 14º do ano passado, ainda tivémos direito a provar um vinho do Porto com 90 anos. Eu escrevi bem, 90 anos. É mesmo de ir às lágrimas! O vinho parecia ter a consistência de mel, e o sabor, nem tenho palavras para o descrever! Daqui seguimos para Chaves para passar a noite. O frio era tanto, que a Sónia jantou com o casaco dela e com o meu vestidos! Pela manhã, partida para Espanha. Paragem logo a seguir à fronteira para abastecer. A gasolina é mais barata por lá, mas o senhor da bomba, ainda assim, deu-nos um bónus e vendeu-nos a gasolina pelo preço do gásoleo. Demos por isso já em andamento, e chegámos a pôr em dúvida se ele tinha posto gasolina ou gásoleo. Feces de Abaixo, o nome da terra. Dar este nome como morada deve ter o seu quê de encanto... Depois de esperarmos em Pontevedra por dois malucos que tinham saído de Lisboa nessa manhã, um deles sem dormir, tivémos direito à originalidade espanhola no que toca a cobrar portagens. Em vez de terem as portagens na saída dos troços, não, este espertos senhores, plantam as portagens em plena autoestrada. De Pontevedra à Corunha, tivémos que parar três vezes para pagar, em vez de uma no final! Pelo menos nisso, somos mais espertos! Na Corunha, fomos ver um farol (A Torre de Hercules), que neste momento é o mais antigo do mundo ainda em funcionamento. Estava um frio do caraças, acho que conseguia sentir todos os osssinhos que tenho no corpo. Talvez por isso, esta senhora tenha esta expressão tão carrancuda! Mesmo com este frio, o espírito consumista das nossas mulheres não se foi abaixo, e tivémos que fazer um tour pelas lojas lá da zona! Completamente enregelados, finalmente fomos para casa beber um vinho tinto para aquecer. Jantámos à la espanhola, que é como quem diz, umas tapas caseiras e cama, pois no dia a seguir: "Roma aí vamos nós!"