Num dia de chuva

Um blog sobre não sei o quê

Uma outra aventura

sábado, novembro 26, 2005

Ciao a tutti!

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sexta-feira, novembro 25, 2005

Alterações metereológicas

Situação previsível para os próximos dias: Chuva, vento forte e frio. Prevêem-se portanto, muitas molhas e um grize do caraças! Até estou a pensar em alterar o nome do blogue para "Chover no Molhado". O que acham?

quinta-feira, novembro 24, 2005

Ressaca

A brisa sopra, e embora gelada, é agradável e faz-me sentir vivo. As ondas atingem a costa com uma cadência ritmada e embalante. Visto o fato, tiritando um pouco com o frio. Após um pseudo-aquecimento, corro para o mar. O primeiro contacto com a água gelada expulsa todo o ar que tinha nos pulmões. Inspiro, e remo convicto para fora da zona de rebentação. Sentado lá fora, a calma de estar rodeado por água começa a invadir-me, e a afastar todas as preocupações diárias. Faço-me à primeira onda do dia. Os movimentos ainda um pouco enferrujados pelo frio e pela distância desde a última surfada. Consigo fazer um drop relativamente bom, e desfruto desta sensação única, que só quem já surfou uma onda conhece. Depois desta pequena injecção de adrenalina, já nem o frio sinto, e remo de volta para uma nova dose...
...bem, estou mesmo a precisar de ir dar uma surfada...

quarta-feira, novembro 23, 2005

As Trituradoras Humanas

Dado que o espaço nas despensas começava a ficar reduzido, lá tivemos que realizar a "Edição 2005 do Jantar das Sobras", para tentar minimizar o stock de bebidas acumulado no decorrer das últimas festas/jantares de amigos. A ementa: Fondue (Começa a tornar-se uma ementa recorrente nos nossos jantares. Será que a malta está a ficar com alergia a cozinhar?). Localização: a casa do Barata. Ora, esta localização, obriga a uma passagem pela CRIL, em plena hora de ponta. Como se não bastasse o trânsito infernal nos acessos a esta, houve um tótó qualquer (eu), que se enganou na saída, e teve que percorrer o IC2 até Santa Iria e voltar para trás! E como há obras a decorrer nesta zona, levámos com mais uma dose de trânsito, a adicionar à que iríamos apanhar mais à frente. Sem comentários. Em casa do Barata, uma das actividades inerentes ao evento, era o "descasca a fruta". Depois de alguma confusão com a distribuição das facas e a arrumação das pessoas, e apesar de alguns roubos de fruta já cortada, conseguímos fazer umas travessas com óptimo aspecto. Como música de fundo, tínhamos o Edu (3 anos), a contar como tinha partido a cabeça na pedra da chaminé, em casa da avó. Não deve ter sido muito traumatizante. É que na descrição dele, o mais relevante, foi o sangue que esguichava da ferida e que o sujou todo! O pessoal já estava a morrer de fome, e não havia maneira de irmos comer. Por isso, quando apareceram as primeiras batatas fritas, houve um raide geral à cozinha! Qualquer desculpa esfarrapada era boa para justificar a presença na cozinha, tal como "acho que faltam talheres na mesa" ou "vou ver se é preciso ajudar a trazer alguma coisa"! Depois dos ânimos acalmados e das crianças alimentadas (as pequenas, não as grandes), foi então possível sentarmo-nos e comer. No decorrer da refeição, a Fernanda fez uma referência quanto às batatas fritas, em que afirmou que: "As batatas estão seios de óleo!". Não sabemos se terá sido alguma alusão a uma fantasia sexual, mas fica aqui a dúvida. E já que estou a falar em sexo, a Catarina de repente, virou-se para nós e disse que: "O sexo anal pode provocar cancro na boca!" (?!?) Bolas, o Rui deve ser mesmo sobredotado! Mas, logo de seguida esclareceu o equívoco. Afinal foi um programa educativo que ela viu na televisão, e não era sexo anal, mas sim oral! E além disso, a referida frase, foi extraída de um qualquer correio sentimental do género "Maria". Daqueles onde abundam perguntas do tipo: "O meu namorado masturbou-se com as minhas cuecas. Posso estar grávida?" Bom, a malta já tinha comido a sobremesa e bebido o café. Por isso, lenvantámo-nos da mesa para nos sentarmos no sofá. Enquanto comentávamos a triste figura que o Benfica fez em França, a Inês (1,5 anos) iniciou uma sucessão interminável de voltas à mesa de apoio. Quem sabe se estas voltas, não terão sido consequência da garrafa de Bohemia, que momentos antes, o pai lhe tinha conseguido tirar da boca, após a surpresa inicial! Lá está, tal pai, tal filha! Entretanto, havia duas alminhas que permaneciam sentadas à mesa, a devorar tudo o que lhes aparecia à frente. Desde as últimas batatas, que mais pareciam conguitos, até ao que restava da carne, fruta e sobremesas. Nada parecia satisfazer os rapazinhos! Nem mesmo o molho cigano, que alguns diziam saber a fumo, escapou! Nós todos a soprar, porque nos sentíamos cheíssimos, e estes dois a suspirar, por não haver mais carne! Como disse alguém: "Mais vale alimentar um burro a pão-de-ló!"

terça-feira, novembro 22, 2005

E a palavra do dia vai para...

...o Paulo. Já não ouvia este termo à sei lá quanto tempo. Fez-me voltar aos tempos de criança, em que nas redondezas de minha casa, quem dissesse de outra forma era alienígena. Não tira o sabor à coisa, mas lá que soa a algo rasca, soa: "Chiquelate"! Acho que é assim que se escreve, nem tenho bem a certeza. Aí está, uma mítica palavra vinda das brumas do passado. Obrigado amigo, por esta viagem à velocidade da luz, à nossa infância!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Aaahh a terra do pai...

...e como é bom ter familiares no Norte. Aquele frio de rachar no inverno, um calor infernal no verão. Céu com estrelas, que é coisa que por cá já não se vê por aí além. Um sossego que até faz aflição. Gente extremamente simpática. Um sotaque delirante. Gajos a abrir de carro, em contra-a-mão, em estradas onde mal cabe um carro, e onde as curvas são a 90º e a berma é uma ribanceira para aí com 1,5Km. Mas, à mesa, a comida é de comer e chorar por mais. O vinho, é daquele com uvas e tudo! Como já não vou lá há algum tempo, lá vou matando saudades quando os meus primos ou tios vêm cá. E quando o tio trás vinho, a palavra mágica é: 14º!
...bom, acho que vou apanhar ar...

domingo, novembro 20, 2005

E ontem foi dia de jantar...


Pois é, estavam à espera de mais uma "posta" daquelas, muito enfadonhas, em que eu relato os acontecimentos, as bebedeiras e coisa e tal. Mas não, estou constantemente a ser críticado por um amigo meu, que acha que a qualidade dos meus textos deveria ser muito mais mirabolante, e deixar-me de relatos mais ou menos realistas, com piadas de gosto duvidoso. Embora eu saiba que é muito mais fácil criticar do que realizar, ele deixou-me a pensar. Mas, desta minha cabecinha, nada parecia sair de realmente excitante ou novidade. Só me apetecia relatar os factos como eles se passaram, com o bacalhau com natas muito salgado à mistura com a Marta a massacrar-nos mais uma vez com a vista deslumbrante do seu futuro ninho. A Sónia a receber prendas como se fosse noite de Natal apesar de só fazer anos no dia seguinte. Houve até um telefonema do Tony Almeida (vulgo Tiago), que estava em missão perigosíssima não sabemos muito bem onde, mas as palavras do Paulo continuavam a martelar-me a cabeça... E então, nem mais, eis que me surge pela frente esta situação, no jantar de anos da Sónia: Mas que se passa nestas cabecinhas perversas?!? Ainda por cima, com uma a cena fazer lembrar a Belle Dominique com o Castelo Branco! Pronto, fiquei sem condições psicológicas para criar fosse que espécie de texto fosse! Só me lembrava de coisas estranhas! Muuito estranhas...

Um pequeno à parte, para enviar um agradecimento especial à assistente técnica do Virilão, que fez as vezes de 112 e me deu uma dica preciosa na resolução do "mistério da coluna afundada". Nunca mais me apanham a escrever em itálico, f&$%@!

quinta-feira, novembro 17, 2005

Nada a fazer

Já tentei mil e uma coisas, mas a maldita barra não sai lá de baixo! Já alterei o aspecto do blog (todas as alterações que tinha feito foram para o galheiro!), e quando mudo para um diferente, tudo bem. Mas quando volto para este aspecto, e ele está disponível em várias cores (todas tentadas, a propósito), a barra volta lá para baixo! Na explicação do Blogger, tem algo a ver com fotos ou links extensos. Mas o problema surgiu depois de "postar" um post pequenito, sem fotos! O melhor é ir escrevendo e esperar que ela resolva subir por si própria! ARRGGHHH!!!

quarta-feira, novembro 16, 2005

O que é isto?

Desde ontem, que tudo o que estava na side-bar, passou para o fundo da mesma. Ou isto está tudo doido, ou (o mais provável!) eu não percebo nada disto! Socorro...

terça-feira, novembro 15, 2005

Em branco

Tem sido um tal corropio com o aproximar do aniversário da Sónia, que nem sobra tempo para umas bloguisses. Entre escolhas de locais para fazer o jantar e compra de prendas, vai-se o tempo todo embora. E como se não bastasse, ainda tenho que ir dando dicas aos amigos sobre o que a Sónia quer receber nos anos. E é claro, que como todos os anos, nestas alturas não me lembro de nada! É que fico mesmo em branco! Ela olha para tantas coisas ao longo dos meses, e diz gostar de tanta coisa, que eventualmente acabo por confundir tudo! Já não sei se eram os sapatos castanhos e o casaco verde, se era a camisa cor-de-rosa ou as calças pretas, ou ainda, se era o dvd das "Desperated Housewifes" ou o do "Sexo e a Cidade". Há sempre a hipótese dos livros, que como os nossos amigos sabem, cá em casa são sempre bem-vindos. O problema às vezes coloca-se, em saber quais é que nós não temos. E há sempre os clássicos brincos ou um colar, que penso que também serão sempre do seu gosto. Bom, qualquer coisa se há-de arranjar. Em última instância, a malta também gosta de vinho! E de viagens...

domingo, novembro 13, 2005

Nada de confusões!


Dado terem sido suscitadas dúvidas, por algumas mentes mais perniciosas, aqui fica a fotografia do homem referido na "posta" anterior. De notar, que o dito "homem", é todo feito de cho-co-la-te, e nada tem a ver, com o que alguém descreveu, como: "uma fantasia sobre homens cobertos de chocolate"! Ai, estas cabecinhas pervertidas! E por falar em coisas comestíveis, já foram ver O Crime do Padre Amaro? Com uma mocinha daquelas, não admira que o rapaz tenha caído em tentação! Aliás, a partir de determinado ponto do filme, dá perfeitamente para perceber, que o rapaz não é feito de pau, mas antes, que está sempre de...

sexta-feira, novembro 11, 2005

Darth Vadder, ginja, chouriço e chocolate

Como temos a mania que ao contrário dos outros portugueses não gostamos de ajuntamentos, resolvemos ir ao Festival do Chocolate numa 5ª feira ao final da tarde. O prémio que tivémos logo à partida foi apanhar um trânsito monumental para entrar na CRIL. Quem fez aqueles acessos a partir da Expo, é mesmo porque não precisa de lá passar! Em Óbidos, a calma de um dia de semana quase normal, apenas mais GNR que o costume. O parque de estacionamento estava quase vazio, por isso à partida a aposta estava ganha. Nada de enchentes. Fomos comprar os bilhetes para entrar. Deram-nos um Kit Kat de chocolate branco com limão(?) e uma fita para se pôr como uma pulseira. Do género daquelas dos resorts tudo incluído. Logo, pensei que ía ser, comer chocolate até cair para o lado! WRONG! O tudo incluído, era apenas e só, poder ver as esculturas de chocolate a concurso o ano passado, e as deste ano também. E isto, as vezes que quiséssemos! Para começar a noite, decidimos então ir beber uma ginjinha. E ela lá veio, num copo de chocolate e com direito à ginja! O Carlos ficou logo a saber com quantas cascas de amêndoa se faz um copo de chocolate! Sem dentes partidos continuámos a visita. Mais à frente bebémos mais uma, desta vez sem casca, pelo que o Carlos a elegeu como a sua banca preferida! Fomos ver a exposição do ano anterior, e até aqui sou perseguido pelo trabalho: como 1ª escultura, um comboio! Acho que já nem vi direito a Torre de Belém e os templos que por lá andavam. Fui-me embora o mais rápido possível! Fomos para a entrada da exposição principal, este ano dedicada ao cinema. Não sem antes termos tentado entrar pela saída por engano. Mas um senhor muito compreensivo lá nos explicou quase aos berros, que "a entrada é pela capela"! Capela esta que foi dessacralizada. Pelos vistos isto não acontece só em Gent! Mas, afinal como se faz tal coisa? Lá dentro deparámo-nos com uma escultura quase em tamanho real de Darth Vadder, em chocolate negro. Foi a primeira vez que me apeteceu comer um homem! Havia também, entre outras, o ET, uma do Senhor dos Anéis e uma Marilyn Monroe que se parecia com ela só de nome! Ainda assim, dada a dificuldade do material a esculpir, estavam todas muito bem. Sem saber muito bem como, dou por mim sentado numa tasca a comer queijo, chouriço assado e a beber vinho. Depois de tanto chocolate precisávamos de desenjoar. Quando saímos, estava um calor estranho (vulgarmente chamado de 'frio'),
e houve até, quem jurasse ter visto pinguins a passear pelas muralhas! Tentámos ir beber um café por chávena de chocolate, mas como já não encontrámos o sítio, dedicámo-nos a actividades mais relacionadas com ginjinha. Eu pus em prática os meus conhecimentos na área dos shots tântricos (N.A.:"shot tântrico"- Acto de beber shot, não recorrendo à habitual técnica do "bota-abaixo", mas sim dando suaves lambidelas no líquido, em estilo canino.). A Célia e o Carlos, participando num concurso que decorria á margem do Festival do Chocolate, envolveram-se num desporto estranhíssimo, que consistia em fazer escorrer ginjinha pelo queixo abaixo em vez de pela garganta adentro. A Sónia tratou de degustar uma ginjas amarguíssimas, dizendo que eram deliciosas. Como já parecíamos um circo ambulante, pirámo-nos dali. Tempo ainda para crepes e farturas. E no caminho do carro, ainda deu para ouvir um cozinheiro de uma barraquinha a contar como foi a visita a uma famosa geladaria no norte de Portugal. Foi de doidos ouvi-lo a descrever as sensações que teve quando lhe deram a provar gelado com sabor a bacalhau, e a decisão óbvia de não querer provar o de sabor a couratos!


As personagens, nomes, actos e locais aqui descritos têm pouco ou nada a ver com ficção.Qualquer semelhança com a realidade é de propósito e não uma pura coincidência!

Não foram maltratados quaisquer animais no decorrer dos eventos relatados.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Finalmente

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E aí está o tão esperado livro! Ainda estou a decidir se gostei ou não. Não sei muito bem se estas modernices agora inseridas são do meu agrado. É claro que não vou revelar quais são. Para saberem vão ter que ler. E é claro que a minha opinião vale o que vale. Mas ainda assim como fã... Fica a dúvida se este senhor não deveria já ter desistido de escrever mais histórias do Astérix em vez de enveredar por este caminho...
E hoje por falta de tempo, fico por aqui!

quarta-feira, novembro 09, 2005

Chocolates!!!

E aí está! O maior evento nacional do ano! A edição 2005 da feira/festa do chocolate em Óbidos! Como se já não bastasse o prazer que é para mim visitar Óbidos, agora as razões aumentam ainda mais. Percorrer aquelas muralhas enquanto se sente aquele cheiro divinal é de ir às lágrimas. Claro que a minha querida esposa não é da mesma opinião, e prefere antes os bifes de um restaurante do qual não me lembro agora do nome. Também gosto muito de bifes, mas cada coisa no seu lugar. Agora é tempo de chocolate!!!!! E já agora também da ginjinha que liga lindamente com o chocolate. Já experimentaram beber ginjinha por copos de chocolate? E quem será que vai comer a Marilyn Monroe?

Recanto do lagartão:
E ontem, à hora de almoço o céu desabou. Ele foi chuva a rodos, e para todos os gostos. Ouve chuva miudinha. Chuva grossa. Chuva com vento. Chuva aos montes! Chuva, chuva e mais chuva. E ainda mais um bocadinho de chuva. E este menino a apanhar uma molha monumental a caminho de casa! Quando sai às 5 da manhã, o céu estava limpo. Logo, o chapô ficou em casa. Vai daí, no regresso fiz uma espécie de "cantando à chuva" sem cantigas, mas com muita chuva e bastantes corridas! Já não apanhava uma molha assim à canos!
Esta é só para ti, migo!

terça-feira, novembro 08, 2005

As caricas

Corro o risco de parecer saudosista e com idade jurássica, mas alguém se lembra das corridas de caricas? Aquelas tipo fórmula 1? Grandes traçados a giz era feitos no alcatrão desse Portugal fora. E com curvas alucinantes para dificultar a coisa. Pois se bem se lembram, uma saída de pista equivalia a voltar ao ponto de onde tinhamos acabado de sair. A escolha dos "bólides" revestia-se de especial interesse. Para a capacidade de deslize dos mesmos contava muito a respectiva marca. Ele havia-os da Frisumo, Sagres e Sumol, havia também da Spur cola, da Trinaranjus e às vezes até mesmo da Coca-cola! Lá rabiscáva-mos um número no plástico do verso da carica e estávamos prontos a andar. Isto se a carica não tivesse um prémio inscrito no seu interior, coisa muito em voga na altura. Nesses casos lá se ia o bólide e vinha o prémio! No final tudo se resumia à pericía dos dedos para fazer a carica percorrer a pista. Claro que isto era um desporto de alto risco. É preciso não esquecer que as corridas decorriam em plena estrada. E de joelhos no chão, o que equivale a dizer que no final do dia lá vinhamos com as mãos todas sujas assim como as calças/calções/joelhos, por isso ao chegar a casa havia sermão e missa cantada! Mas ainda era pior quando o desporto se tratava de "carrinhos de esferas". Aqueles belos modelos feitos de restos de madeira. Alguns eram tão evoluídos que até tinham um bocado de madeira pregado de lado a fazer de travão! Quando não tinham, lá serviam os ténis para parar. Numa tarde dava para dar cabo de um par em menos de nada. Aí sim, é que era delirante! Braços e pernas esfolados e depois mais umas nalgadas à mistura na chegada a casa! Mas agora os putos já não têm destes prazeres, é mais Playstation e tal. E eu também! ;)

segunda-feira, novembro 07, 2005

Westmalle Dubbel (versão para fãs)


E pronto, depois de cerca de dois meses de interregno não fui capaz de resistir e lá fui atacar as reservas da despensa. Eu bem tentei durante este tempo fazer uma cura de desintoxicação de cervejas belgas. Ele foram umas stouts com os amigos, umas bohemias numa ocasião ou noutra e uma eventual dose de imperiais numa saída à noite, mas nada feito. As recordações daqueles sabores assombravam-me. Quase vinham tipo pesadelo durante a noite: "bebe-me...bebe-me...bebe-me...". Tive então que recorrer às escassas garrafitas que trouxemos da nossa viagem e deliciar-me com uma belíssima Westmalle Dubbel! O próprio nome até parece enrolar na língua: West...ma...lle...Du...bbel... Como a descreveria um amigo meu, no meio de um almoço de panquecas em pleno parque de campismo de Nijmegen (o campo, versão holandesa): "Isto é o gelado das cervejas!". E como esta, muitas mais. Aqueles gajos sabem mesmo fazer cerveja. Perdoem-me os defensores das cervejas nacionais, mas por cá existe pouca coisa que se compare às deles. Excepção feita a alguns poucos sítios que produzem a sua própria cerveja em vez de venderam as rainhas do mercado. E descobri à pouco tempo, que além de no Jumbo venderem Duvel e Chimay, no Corte Inglês à também Grimbergen e mais umas quantas! Apenas as minhas favoritas Westmalle Dubbel e Brugge Tripel se têm revelado mais difíceis de encontrar (e são estas as favoritas, porque de 300 e não sei quantas que eles têm, só tive tempo de provar para aí umas 15!). Mas ainda não perdi a esperança! No entretanto vou ter que fazer com que as poucas que nos restam estiquem. Senão, de qualquer forma, a Bélgica é já ali!

domingo, novembro 06, 2005

Dia de fondue

É aquele dia em que nós dá para fazer um jantar "faça você mesmo". O dia em que passamos o final de tarde a cortar fruta e a preparar molhos. Dia esse, em que receber os amigos à porta, vestindo um avental com vacas até parece normal (e é normal, é o meu melhor traje de mordomo/porteiro/cozinheiro)! Um dia em que a fritadeira resolve fazer uma espécie de greve e demora uma eternidade a fritar meia dúzia de batatas. Dia de os nossos amigos nos fazerem roer de inveja, ao provarem-nos com umas simples fotografias, que a vista do rio em Lisboa é simplesmente espectacular e compensa qualquer pequenês que uma casa possa ter. Mais um dia de comer presunto com as mãos. Outro dia em que o vinho parece evaporar-se, vá lá saber-se porque fenómeno obscuro. Dia de cantar velhas canções festivaleiras a quatro vozes, com um destaque especial para o "conquistador" dos Da Vinci, o vencedor indiscutível da noite com uma interpretação a plenos pulmões (com direito a coreografia e tudo). Que dia, em que a nossa amiga interpreta a solo um clássico que só ela parece conhecer. Dia também de relembrar o sabor dos pastéis de Belém. Dia de sentar no sofá a achar imensa piada a um programa qualquer de 1982 que passava na RTP Memória. E finalmente dia de ir para a cama, enquanto o quarto ainda gira...

sexta-feira, novembro 04, 2005

Madrugadas 2

Em consequência, ou talvez não, do título, ando mesmo sem vontade nenhuma de escrever seja o que for neste espaço. Quando chego a casa, só me apetece sentar no sofá e ficar especado a olhar para a televisão. Pantufas calçadas, e no meu melhor ar de vegetal mal cozido, desato a absover todo o telelixo que me quiserem impingir. E é mesmo muito o lixo que passa nas televisões. Sejam elas nacionais ou internacionais a falta de qualidade é gritante. Lá se vão safando os canais temáticos como o odisseia, o história, o vénus, (um grande bem-haja à tv cabo por ter deixado de transmitir o arte em sinal aberto...) , e a SIC radical quando passa os Fedorentos! Há sempre a opção de olhar para as paredes. Ou para os quadros. Acho que nestas alturas nem ler me apetece. Bom, chega de dissertar sobre nada. Vou vegetar mais um bocadinho!

quarta-feira, novembro 02, 2005

Jantares

Estávamos nós a dedicar-nos à arte zen de fazer puzzles do Mordillo quando recebemos uma chamada a convidar-nos para um jantar relâmpago. Um bocado ao estilo jantar "venha como estiver", fomos informados que deveriamos estar em casa do invitante daí a cerca de 45 minutos! Vá lá, correu bem, porque o pijama é fácil de despir e a roupa ainda se encontrava mais ou menos arrumada onde a tinha despido. Ou seja, espalhada em cima da cama. Difícil mesmo foi tirar a Sónia da frente do puzzle. -É só mais esta peça, vamos já!- Claro que o vamos já, contempla não sei quanto tempo à procura do dono daquele par de olhos, no meio de milhares de caras iguais! Poupando os pormenores das peripécias ao volante, chegámos a tempo. Como o nosso amigo estava desejoso de um naco na pedra, rumámos ao "Novo Edmundo" na Pontinha. E como acontece quase sempre nestas ocasiões, o dito, fecha aos feriados. Única e exclusivamente aos feriados. Ok, vamos ao de Benfica. Fila até à rua. -Bom, mais ali adiante há um que tem não sei o que de porco preto com migas, que é muito bom-. Embora! O restaurante principal desta última opção estava fechado, mas o seu irmão gémeo aberto, por isso lá entrámos. Após escolhermos, vem o senhor acentar os pedidos. -Um naco mirandês na pedra- pede o nosso amigo. Não temos. -Costeletas de porco preto- pede uma amiga nossa. Não temos. Fora o resto que não havia também! Se não tinham, podiam ter dito logo não? Lá nos arranjaram uns lombinhos com migas (migas de esparregado?!? Com carne de porco mal passada??!!? Que eu pedi para passarem melhor e que veio quase na mesma!!!!), picanha e um bife do pujadouro bem alto para colmatar os desejos do nosso amigo. Com as sobremesas a mesma história, nem baba de camelo, nem doce da casa, só mesmo um bolo de bolacha mal encavado e uma mousse de chocolate assim assim. Já a conta, veio em grande. Não em grande estilo, mas em números grandes! Jantar péssimo à parte, a companhia foi óptima. E ficámos a saber por intermédio da nossa amiga galega, que Rivera (o seu nome de família) se escreve com "b" de vaca!?! Afinal, não é só no norte de Portugal, carago!

terça-feira, novembro 01, 2005

Viajar no sofá


Embora haja a internet e toda uma panóplia de programas de viagens espalhados por essas televisões fora, sabe sempre bem ouvir, ou neste caso ler, os relatos de quem viaja. Uma viagem de 19 meses, só por terra ou mar, mostrando uma outra forma de encarar o contacto com outros países/culturas. Nada de comodismos ao estilo "pacote-tudo-incluído-numa-praia-paradisíaca" (e com este tempo por cá, o bem que me sabia tal coisa...), mas antes a aventura de quem dispensa tudo isso para conhecer melhor o que cada povo tem para oferecer. Tudo (d)escrito da forma que quem já alguma vez passou os olhos pelos seus artigos na SurfPortugal tão bem conhece. "Planisfério Pessoal" de Gonçalo Cadilhe. A ler.